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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Você sabe o que é o transtorno do processamento auditivo?


Pessoas com dis­túrbio do proces­samento auditi­vo ouvem, mas têm dificuldade em entender, ar­mazenar e muitas vezes localizar esse processo de linguagem. Geralmen­te apresentam dificulda­de em entender uma con­versa com ruído de fun­do. Fazem grande esforço para se manter concentrados, e na maioria das vezes têm problemas de leitura, escrita e linguagem, como, por exemplo, dificulda­des em contar histórias.
Segundo a fonoaudióloga Cíntia Fabiane Massarenti (CRFa 12627/CFFa 3063/05), o processamento auditivo central é o meio que o sistema nervoso central usa para a in­formação que chega dos ouvidos, ou seja, o que o cérebro faz com o que ouvimos. Algu­mas pessoas têm a dificuldade em realizar certas habilidades, o que possivelmente aca­ba levando à dificuldade em seu meio de con­vívio. “Crianças que muitas vezes não vão bem na escola e são caracterizadas como preguiço­sas, desatentas, agitadas, adultos com sérias dificuldades em memorização, entendimento, ou ainda as pessoas portadoras de aparelho auditivo com dificuldades no entendimento, todos estes podem apresentar o transtorno do processamento auditivo central”, explica ela.
Como identificar? Deve ser feita uma en­trevista detalhada com um profissional, seja otorrino, psicólogo, fonoaudiólogo e, caso a pessoa apresente algumas queixas, é neces­sário realizar o teste do processamento au­ditivo central. Geralmente, as queixas são: dificuldade de aprendi­zagem; troca de letras ao falar ou escrever; dificul­dade de memória; desa­tenção/distração; can­saço rápido quando está assistindo aulas/pales­tras; dificuldade em pres­tar atenção em ambientes ruidosos; pedir para repe­tir “o quê?”, “hã” várias ve­zes; não conseguir enten­der bem o outro; dificuldade em conversas com várias pessoas ao mesmo tempo, e prin­cipalmente, dificuldade em realizar uma se­quência de atividades solicitadas.
Então, o que fazer? “Caso haja alguma sus­peita de alteração do processamento audi­tivo, o profissional procurado, após levan­tar um histórico clínico detalhado, solicita­rá o teste do processamento auditivo cen­tral, que é realizado por um fonoaudiólogo habilitado. Nele é possível identificar quais as habilidades alteradas”, diz a especialista.
As alterações têm possibilidades de ser revertidas com treina­mento em cabina e em sala para maior efi­cácia, tendo como base a plasticidade audi­tiva cerebral, pensando que estamos inseri­dos no universo social onde boa parte de nos­sas condutas, conhecimentos, valores e cren­ças provém dos grupos sociais que estamos inseridos. “Com o trabalho é possível obser­var resultados positivos em todos os aspec­tos, incluindo autoestima”, finaliza.