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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Conheça alimentos que podem aliviar os sintomas da Xerostomia

 


Você certamente já sentiu a boca seca quando estava com sede e com vontade de beber algum líquido, certo? Mas, você sabia que a falta de lubrificação bucal, também conhecida como xerostomia, pode ocorrer por diversas razões, como, por exemplo, uso de determinados medicamentos, estresse ou sintomas de doenças como diabetes?

Além dos exemplos citados acima, pessoas que estão realizando tratamentos quimioterápicos ou radioterapia também se queixam da redução da atividade das glândulas salivares e suas complicações.

Ficar com a boca seca pode causar, além do desconforto, o aumento de cáries, mau hálito e o risco de outras doenças. "A saliva é necessária para umedecer a boca, lubrificar os alimentos para facilitar a deglutição, proteger os tecidos e garantir a limpeza bucal", afirma o dentista e Gerente Científico do Laboratório Gross, Maurício Moreira.

Pessoas que sofrem com xerostomia costumam ter que mudar alguns hábitos alimentares, pois essas mudanças podem contribuir para estimular a mastigação e aliviar o problema de saúde.

Maurício destacou quais alimentos são indicados para diminuir os sintomas de boca seca.

Agrião

O agrião está entre os alimentos que podem estimular a produção de saliva. Incluir o vegetal nas saladas é uma ótima alternativa para ativar a salivação e reforçar a saúde bucal, prevenindo o sintoma.

Ovos

Os ovos são fontes de proteína e vitamina B. Lembrando que a carência vitamínica é uma das causas de boca seca, estomatite e lesões na língua. Ele também pode ser um bom substituto quando a pessoa tiver alguma restrição ao consumo de carne animal, por ser mais fibrosa. Prefira o ovo cozido.

Maçã

Uma maçã por dia já pode fazer a diferença para quem sofre com a boca seca. Essa fruta protege a boca e auxilia a higiene bucal porque incentiva à produção de saliva, que funciona como um detergente natural. Além disso, comer maçã exige um esforço maior da arcada dentária durante a mastigação e ajuda a diminuir as impurezas dos dentes.

Melancia

Algumas frutas como melancia são ricas em água e ajudam bastante na hidratação. Ela possui cerca de 90% de água em sua composição, o que alivia a sensação de boca seca e também previne a desidratação. E por conter vários minerais, consumir a fruta mantém o equilíbrio hídrico do corpo.

Picolés de frutas

Alimentos em temperatura ambiente ou gelados trazem diminuição da ardência e do desconforto oral. Por isso, o picolé pode ser uma opção. Prefira o sorvete à base de água, frutas e sem açúcar. Vale ressaltar que após o consumo de alimentos açucarados, o ideal é realizar a higiene oral com a escovação.

Sucos naturais

Os sucos são indicados para manter o corpo hidratado e aliviar o sintoma. O consumo de sucos mais neutros como melancia, melão, uva e goiaba ajudam a controlar a boca seca.

 


segunda-feira, 9 de maio de 2016

O bem-estar do paciente idoso

Segundo os dados do Instituto Bra­sileiro de Geo­grafia e Estatística (IB­GE), em 2055, a popula­ção de idosos no Brasil será maior que a popu­lação de crianças e jo­vens de até 29 anos. O quadro é resultado de avanços na qualidade de vida e, principal­mente, do melhor acesso aos tratamentos médicos, tratamentos esses que envolvem melhorias também no atendimento odonto­lógico, hoje muito mais discutido e aprimo­rado que nas últimas décadas.
Segundo o cirurgião-dentista André Abdala (CRO- SP 60.842), quando envelhecemos, algumas alterações ocorrem em todo nosso corpo, o que não é diferente, quando se trata da boca. A tendên­cia atual é que as pessoas possam envelhe­cer com todos os seus dentes, por isso exis­te um grande trabalho na prevenção de do­enças e tratamentos especializados.
O especialista cita os principais problemas que comprome­tem a saúde bucal do idoso são:
Boca seca (xerostomia) – diminuição na produção de saliva, lembrando que a sa­liva não só deixa a boca úmida, mas também ajuda na digestão dos alimentos, na degluti­ção e mastigação, previne infecções e pro­tege os dentes das cáries. No caso da tercei­ra idade, geralmente a boca seca se deve ao uso de medicamentos relacionados à idade, e é justamente por essa questão que somen­te um dentista pode analisar o caso e dire­cionar o tratamento adequado;
Mau hálito – resultado da boca seca e/ou má higienização da boca e próteses;
Doença da gengiva (gengivite) – san­gramento gengival, mobilidade dentária, mau hálito e dores ao mastigar são sintomas que indicam doenças periodontais;
Próteses desadaptadas – dificultam a comunicação, mastigação, ingestão de ali­mentos, e podem cau­sar feridas, aftas e hi­perplasias (crescimen­to gengival) e ainda vi­rar foco de infecções;
Sensibilidade – causada pela retração gengival. Com o pas­sar da idade é normal haver retração gengi­val, um problema que expõe áreas do dente que não estão protegidas por esmalte den­tal, e as deixam muito doloridas quando ex­postas a alimentos quentes, gelados, doces e até mesmo ao ar frio.
"Não podemos esquecer as doenças pre­existentes – diabetes, problemas cardía­cos, câncer –, que também afetam a saúde bucal, mas podem ser controladas por um dentista desde que ele esteja a par da situ­ação, assim ajudará no caso de uma manei­ra específica", ressalta o dr. André. "Para ter uma boa saúde bucal na tercei­ra idade é necessário acompanhamento de um profissional qualificado que possa for­necer um atendimento personalizado iden­tificando o quadro completo do paciente e garantindo assim, um sorriso bonito e uma boca saudável."

domingo, 3 de abril de 2016

Diabéticos têm mais chances de desenvolver gengivite



Pessoas com diabetes são mais vulneráveis a desenvolver doenças periodontais, como gengivite, e a enfrentar complicações devido a infecções. O risco é ainda mais relevante nos pacientes que têm dificuldade em manter a doença sob controle. Segundo o cirurgião-dentista Artur Cerri, diretor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, os quadros de gengivite costumam ser mais severos nos pacientes que não controlam os níveis de açúcar no sangue e a ocorrência de perdas dentárias também é mais frequente. “Quando um paciente diabético controla a doença devidamente, as chances de desenvolver uma inflamação ou infecção na gengiva são as mesmas que qualquer outra pessoa. O problema é que muitos diabéticos passam por períodos de negligência da doença, pondo em risco a saúde como um todo – principalmente em relação à boca, aos olhos, ao coração e ao sistema nervoso”.

Cerri explica que valores altos de glicose no sangue costumam engrossar os vasos sanguíneos. Como são eles que levam oxigênio e nutrientes para os demais tecidos do corpo, incluindo a boca, e se encarregam de levar embora tudo o que é prejudicial ao organismo, ao engrossar esse mecanismo se torna muito mais lento, diminuindo a resistência da gengiva e do tecido ósseo, levando à infecção. “Outro ponto importante é que muitos tipos de bactérias (germes) se multiplicam em açúcares, incluindo a glicose – que é o açúcar ligado ao diabetes. Sendo assim, quando a doença é mal controlada, altos níveis de glicose na saliva contribuem para a proliferação desses germes, definindo um cenário ideal para a gengivite. Daí a importância, também, desse paciente jamais descuidar da higiene bucal”.

Tanto para pacientes diabéticos, como não-diabéticos, é cada vez mais importante que as pessoas percebam o quanto é fundamental ter uma boca saudável. “Infelizmente, ainda é grande o número de pessoas que não escova bem os dentes, nem com tanta regularidade quanto deveria. Pior ainda, muitas têm sangramento persistente e negligenciam o fato, podendo comprometer inclusive a estrutura que suporta os dentes e perdê-los. Entre as doenças periodontais, a gengivite é a mais comum – comprometendo grande parte da população. Trata-se de uma infecção que vai se infiltrando no tecido gengival até atingir o osso. Não raro, a pessoa se dá conta da gravidade do que está acontecendo somente quando percebe que o dente amoleceu e está mais difícil mastigar alimentos sólidos. Em muitos casos, o diagnóstico é dado junto com a sentença de que o dente tem de ser extraído”, revela Cerri.
De acordo com o especialista, além de buscar ajuda profissional para a remoção do tártaro e das placas bacterianas, o paciente deve dar muito mais atenção à higienização bucal – com escovações após as principais refeições, uso de fio dental e bochechos ao longo do dia –, bem como adotar hábitos que inibam o acúmulo de bactérias na boca, como ingerir bastante líquido entre as refeições, se alimentar com frutas e legumes que contenham mais água em sua composição (melão, melancia, maçã, pera, pepino etc.), solicitar ao médico a substituição de determinados medicamentos que eventualmente estejam contribuindo para ter a Síndrome da Boca Seca, deixar de usar enxaguatórios bucais com álcool (que induz ao ressecamento da boca) etc.
Artur Cerri também chama atenção para os fatores de risco da gengivite – doença que, além de acometer pacientes diabéticos, é muito mais frequente em pessoas que estão atravessando períodos de variações hormonais (gravidez, menopausa etc.), portadores de doenças crônicas, idosos (que têm metade do volume de saliva na boca que um jovem costuma ter) e fumantes. “Os efeitos nocivos do tabagismo, principalmente em pessoas com doenças cardíacas e câncer, são bem conhecidos. Mas vários estudos mostram que o tabagismo também aumenta as chances de desenvolver gengivite. Na verdade, os fumantes têm cinco vezes mais probabilidade do que os não-fumantes. Para os fumantes com diabetes, o risco é ainda maior – podendo atingir uma propensão vinte vezes maior se o paciente diabético for fumante e tiver mais de 45 anos”.

Para preservar a saúde da gengiva, o especialista recomenda evitar alimentos que induzam à hipossalivação (boca seca), reduzir a ingestão de conservantes e açúcares, além de evitar também bebidas alcoólicas e que contenham muita cafeína. “Embora isso tudo seja muito importante, combater o tabagismo é ainda mais fundamental para evitar não só a gengivite, bem como o câncer de boca – doença que deve resultar em mais de 15 mil novos casos em 2016, acometendo uma mulher para cada três homens”, diz o especialista.