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terça-feira, 1 de julho de 2014

Você sabe a diferença entre dor de cabeça e cefaleia?


Todo mundo mais cedo ou mais tarde experimenta crises de dor de cabeça. Para algumas pessoas essa é uma realidade frequente causando muito sofrimento. Crises fortes geram perda de dias de trabalho, baixa de rendimento escolar, irritabilidade, dificuldades na relação interpessoal, distúrbios do sono, comprometendo, como um todo, a vida profissional e social. O uso equivocado e indiscriminado de medicações analgésicas, por muitas vezes, atrasam o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento adequado.
Existem inúmeras causas para as dores de cabeça, mas elas podem ser divididas, inicialmente, em dois grandes grupos, segundo o neurologista Leandro Teles:
1- Dores de cabeça sem causa identificável (primárias) - neste grupo estão a enxaqueca e a cefaleia tipo tensão (ou cefaleia tensional), entre outras menos comuns.
2- Dores de cabeça causadas por outras doenças (secundárias) - a dor, neste caso, é um sintoma de uma doença subjacente, como, por exemplo, a meningite, aneurismas, sangramentos, tumores, sinusites etc.
O primeiro grupo é mais frequente; o segundo, mais preocupante. “Todo o paciente que sofre com dores de cabeça deve passar por uma avaliação médica minuciosa. Determinar o tipo e possivelmente a causa da dor de cabeça é o primeiro passo para um tratamento correto”, explica o médico. A medicação analgésica comum (essa que se compra sem receita pelas farmácias) não faz a distinção, alivia os sintomas transitoriamente podendo complicar cefaleias primárias e atrasar o diagnóstico das secundárias.”
O médico explica como distinguir a dor de cabeça tensional e a enxaqueca (as duas mais comuns):  
Enxaqueca - acomete pacientes de qualquer idade e sexo, sendo bem mais comum em mulheres em idade reprodutiva (12 aos 50 anos). Tipo de dor: a dor é de intensidade moderada a forte. A localização é geralmente unilateral (esquerda ou direita), a dor é geralmente pulsátil (como se o coração estivesse batendo dentro da cabeça). A luz, o barulho e cheiros fortes incomodam o paciente. Este geralmente fica nauseado e pode apresentar vômitos. O quadro pode durar de 4 a 72 horas se não for adequadamente medicado. Paciente com enxaqueca podem ter suas crises pioradas no período menstrual, fases de estresse, redução de sono, consumo de determinados alimentos (que podem variar caso a caso), uso de algumas medicações (anticoncepcionais, por exemplo), consumo de álcool etc.
Cefaléia tensional - acomete grande parte da população pelo menos uma vez na vida; mulheres são um pouco mais suscetíveis. Tipo de dor: a dor é em aperto ou pressão. Geralmente, acomete os dois lados ou a cabeça toda, a intensidade é fraca a moderada. A luz e o barulho podem incomodar um pouco, mas em intensidade leve. A dor é mais suportável, sendo raramente incapacitante o suficiente para impedir o trabalho, mas causa muito sofrimento, dada a sua frequência e duração. As crises pioram em períodos de sobrecarga de trabalho, estresse de qualquer espécie, má alimentação, abuso de álcool, privação de sono, período perimenstrual etc.
Tratamento
O tratamento da enxaqueca e da cefaleia tensional deve ser conduzido sempre pelo médico e individualizado para cada paciente. De modo geral, o paciente deve passar por mudanças de estilo de vida e, eventualmente, receber medicamentos que cortem a dor (analgésicos, por exemplo) e, em casos selecionados, medicamentos que previnam que a dor apareça (profilaxia).
O mneurologista enumera os três principais sinais de alarme para pensarmos em cefaleias secundárias (causadas por outras doenças). Nestes casos, a procura pelo médico deve ser imediata:
1- Presença de febre – neste caso, o risco de infecção é alto. Pode ser uma gripe, dengue, sinusite ou mesmo meningite.
2- Presença de qualquer sintoma neurológico – fraqueza de um lado do corpo, formigamento, dificuldade de fala, alteração visual persistente, desmaios etc. Isso significa que pode haver alguma lesão cerebral.
3- Dor súbita - dores de cabeça que começam no ápice da intensidade são preocupantes. Ocorrem como uma trovoada e podem significar presença ou sangramento de aneurismas. O mesmo vale para dores que surge durante esforço físico ou atividade sexual.