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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Viver amorosamente, a cura de todos os males


Todos os dias deparo-me, em meu con­sultório, com dores humanas. Muitas ve­zes, elas ainda não se tornaram físicas, mas é só uma ques­tão de tempo. Lo­go se tornarão, por­que o corpo físico é o grande manifesta­dor da vida interior, resultado das esco­lhas, mesmo incons­cientes. O corpo fa­rá sintomas: úlceras, cálculos renais, distúrbios intestinais, aler­gias, enxaquecas…
Busca-se ajuda e tratam-se os sintomas fí­sicos, com algum alívio, na maioria das ve­zes passageiro. Quando a manifestação já es­tá no corpo, é claro que precisamos tratar os males físicos, para isso existem médicos de­dicados ao alívio dos sintomas. Mas, e quan­do a origem está na alma, na forma como a pessoa vê a vida e como ela se vê na vida? Sim, porque a dor pode ser na alma e a dor da alma vai “estourar” no corpo, mais cedo ou mais tarde.
A dor da alma vai se instalando e nós, com­pletamente ocupados com as nossas “obriga­ções”, não nos apercebemos disso, somos en­sinados que isso, inclusive, é coisa de gente fraca. Engolimos o choro, nossas incertezas e continuamos, tomamos mais umas pílulas, compramos mais um sapato, comemos mais chocolate, e fingimos que não é com a gente. Nossa alma pede “me escuta”, a cabeça pen­sa, o corpo dói, e você corre. Onde você vai parar? Quando você vai parar?
Alguém pode dizer-lhe que isso é falta de um amor. E lá vai você em busca de um “be­nhê”, colocando todas as expectativas no re­lacionamento. E só as mulheres sabem do que são capazes de fazer para não ficar sozinhas. Engolem tudo e qualquer coi­sa, só pelo medo da solidão, e não tem na­da mais doído do que a solidão a dois.
Precisamos pri­meiramente resga­tar o amor em nós, amarmo-nos acima de todas as culpas e de todos os medos, resgatar a criança feri­da, esvaziando a dor e trazendo para a cons­ciência os ganhos das experiências vividas. Isso é a grande aprendizagem da vida. Re­escrever, ressignificar nossa infância, nos­sa adolescência, nossa sexualidade, a fim de nos tornarmos adultos verdadeiramente. Te­mos que aprender a cobrir toda nossa histó­ria pessoal com o manto do amor incondicio­nal. Precisamos nos perdoar. Viver amoro­samente sem pieguices, sem apegos. Amar-se abundantemente: esse é o grande segre­do da felicidade.
Não pergunte o que o outro pode fazer por você, mas sim o que você pode fazer pe­la sua realização, pela sua felicidade, e isso tocará profundamente a vida de quem está perto de você. Você preenchido de amor por si mesmo transbordará e tocará tudo à sua volta. Tenha coragem! Vá fundo em si mes­mo, busque as suas respostas dentro de vo­cê. A terapia é um grande aliado para isso. Não desista de você!

(Artigo da psicóloga Sandra Bittencourt)