Uma alimentação saudável não depende
só dos alimentos que selecionamos, mas também de outros fatores como, por
exemplo, a panela que usamos. Algumas liberam substancias tóxicas e que se
acumulam em nosso organismo. Como estamos em tempos de preocupação com a
saúde e de panelaços, vamos juntar os dois e optar pelo melhor, para garantirmos
uma refeição saudável. Confira as dicas da nutricionista Ellen Rampini:
- Alumínio: é a de menor custo e a mais
polêmica, pois libera maior quantidade de metais tóxicos durante o cozimento.
Estudos apontam que indivíduos com Alzheimer têm maior concentração de
alumínio no cérebro. Um estudo da USP observou excesso de alumínio no arroz e
feijão, pois verificou-se que sal e o ph básico potencializaram a
transferência de alumínio para a água do alimento. Por isso, esse tipo de
panela deve ser usado com precaução. É importante não usar palha de aço para
limpeza, evitar o uso de produtos considerados limpa alumínio e cuidado com
utensílios que riscam o fundo da panela.
- Inox: também elimina materiais
tóxicos nos alimentos, entre eles o níquel. Pesquisa feita em 2007, por Jacob
Thyssen, mostra que exposição ao níquel por longos períodos pode auxiliar o
desenvolvimento de câncer. É recomendado lavar essa panela com esponja macia,
pois a palha de aço facilita a liberação de níquel.
- Antiaderente: o ácido perfluoro-octanoico
(PFOA) e o politetrafluoretileno (PTFE) presentes em sua composição são extremamente
tóxicos. PFOA pode auxiliar nos distúrbios de tireoide, câncer de fígado e rim.
Já o PTFE libera gases tóxicos em alta temperatura, levando a intoxicação do
fígado.
- Cobre: não indicada para cozinhar
alimentos ácidos, pois em contato com cloreto de sódio elimina o cobre,
podendo acarretar distúrbios gastrointestinais, dores abdominais, náuseas e,
a longo prazo, problemas hepáticos e renais.
- Ferro: aliada no tratamento de
anemia, pois quando aquecida o mineral presente nela é transferido para o
alimento. Quanto maior o tempo de contato do alimento com a panela maior a
concentração do mineral liberado, por isso não se recomenda deixar o alimento
por muito tempo nela. Cuidado para não usá-la enferrujada, pois ferrugem é
prejudicial à saúde.
- Cerâmica: é ótima conservadora de calor,
é de fácil higienização e antiaderente, só é preciso se certificar na compra
que a tinta contida no revestimento não seja tóxica.
- Barro: por ser porosa facilita o
acúmulo de resíduos de alimentos no seu interior, propiciando o aparecimento
de micro-organismos. Indica-se secar no fogo para evitar a proliferação de
bactérias.
- Vidro: é a mais indicada como
segura para a saúde humana. Cozinhar nela requer cautela, pois retém calor com
muita facilidade, podendo queimar os alimentos mais facilmente.
- Pedra-sabão: são porosas devendo-se
atentar na higienização para não desenvolver microorganismos.
- Esmaltada: o esmalte utilizado pode
conter chumbo ou cádmio, podendo levar à intoxicação, danos ao aparelho
respiratório, digestivo, nervoso e circulatório.
Para finalizar
é muito importante em qualquer tipo de material não guardar sobras de
alimentos nas panelas. O ideal é armazená-los em potes de vidros sob
refrigeração.
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