sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Combatendo o câncer de próstata


O câncer de próstata é o câncer mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estatísticas apontam que a cada seis homens, um é portador da doença.
Em primeiro lugar, o que é e pra que serve a próstata? A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, de forma e tamanho semelhantes a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
A próstata normalmente começa a crescer de tamanho a partir dos 40 anos. E o câncer de próstata acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada, isto é, uma mutação de células da próstata.
O câncer de próstata é o câncer mais frequente no sexo masculino, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Estatísticas apontam que a cada seis homens, um é portador da doença. E desses, 1 em cada 34 irá morrer da doença. A estimativa é de que, em 2015, cerca de 68 mil novos casos sejam diagnosticados, isto é, a descoberta de um caso a cada 7,6 minutos. Em 2011, para se ter uma ideia, houve um óbito a cada 40 minutos, por câncer de próstata.
No intuito de aumentar a detecção precoce desse câncer, é realizada a prevenção anual, com o urologista. Os dois principais exames são o PSA (colhido no sangue) e o toque retal.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos procurem seu urologista para iniciar a prevenção para a doença. Aqueles com maior risco da doença (história familiar, raça negra, fumantes, obesos) devem procurar o urologista a partir dos 45 anos. 
Você pode pensar: vou esperar ter algum sintoma urinário para depois procurar o médico. Mas aí que mora o perigo! Normalmente o câncer de próstata só causa sintomas quando já está avançado, por isso que a população deve procurar o urologista, mesmo sem sintomas, a partir de certa idade, para a prevenção. Além disso, não é possível evitar o câncer de próstata, mas com um diagnóstico precoce, as chances de cura são de 90%.
Ai vem a dúvida: será que posso só fazer o exame de sangue (PSA) e não fazer o toque retal? Veja bem, até o momento não há um exame que substitua o toque retal, pois nele, o urologista avalia a presença ou não de nódulos (pequenos caroços) na próstata, além de outras alterações da glândula. A dosagem sanguínea do PSA diagnostica a grande maioria dos tumores porém, em torno de 10 a 20% dos casos não são detectados, sendo os mesmos descobertos pelo toque retal. Então o toque retal é um exame importantíssimo! 
Mas ainda hoje o toque retal é um “tabu” para alguns homens, mesmo com toda a informação disponível. Perca o medo! O toque retal é um exame rápido, simples, praticamente indolor e que não fere a masculinidade de nenhum homem!
Caso o tumor não seja encontrado no início e já esteja avançado, o paciente pode sentir dificuldade para urinar e levantar várias vezes à noite para ir ao banheiro, dor óssea, queda do estado geral, insuficiência renal. Lembre-se que alguns sintomas descritos acima podem acontecer também somente por um simples aumento benigno da próstata, que ocorre a partir dos 40 anos.
Quanto ao tratamento, de acordo com a fase do tumor e as características do paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas de tratamento. Nos estágios iniciais da doença (tumores localizados e localmente avançados) a cirurgia, radioterapia ou até observação monitorada podem ser realizadas. A cirurgia pode ser feita de três formas: aberta, via laparoscópica ou por robótica, sendo as duas últimas abordagens, com incisões menores na pele. Caso a conduta seja por cirurgia, o urologista irá decidir junto com o paciente qual é a melhor para o seu caso.
Então, não só em novembro, mas especialmente neste mês, no qual se orienta sobre o combate ao câncer de próstata, avise o máximo de pessoas possíveis sobre esta doença, para que esta ideia se difunda e tenhamos cada vez menos pessoas padecendo deste mal.

(Artigo do urologista dr. Fernando Tardelli)


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Alimentação saudável x tipos de panelas

Uma alimenta­ção saudável não depende só dos alimentos que selecionamos, mas tam­bém de outros fatores como, por exemplo, a panela que usamos. Al­gumas liberam subs­tancias tóxicas e que se acumulam em nosso organismo. Como esta­mos em tempos de pre­ocupação com a saúde e de panelaços, vamos juntar os dois e optar pelo melhor, para ga­rantirmos uma refei­ção saudável. Confira as dicas da nutricionista Ellen Rampini:
- Alumínio: é a de menor custo e a mais polêmica, pois libera maior quantidade de metais tóxicos durante o cozimento. Estu­dos apontam que indivíduos com Alzheimer têm maior concentração de alumínio no cé­rebro. Um estudo da USP observou exces­so de alumínio no arroz e feijão, pois verifi­cou-se que sal e o ph básico potencializaram a transferência de alumínio para a água do alimento. Por isso, esse tipo de panela deve ser usado com precaução. É importante não usar palha de aço para limpeza, evitar o uso de produtos considerados limpa alumínio e cuidado com utensílios que riscam o fun­do da panela.
- Inox: também elimina materiais tóxicos nos alimentos, entre eles o níquel. Pesquisa feita em 2007, por Jacob Thyssen, mostra que exposição ao níquel por longos períodos po­de auxiliar o desenvolvimento de câncer. É recomendado lavar essa panela com espon­ja macia, pois a palha de aço facilita a libe­ração de níquel.
- Antiaderente: o ácido perfluoro-oc­tanoico (PFOA) e o politetrafluoretileno (PTFE) presentes em sua composição são ex­tremamente tóxicos. PFOA pode auxiliar nos distúrbios de tireoide, câncer de fígado e rim. Já o PTFE libera gases tóxicos em alta tempe­ratura, levando a intoxicação do fígado.
- Cobre: não indicada para cozinhar ali­mentos ácidos, pois em contato com cloreto de sódio elimina o cobre, podendo acarretar dis­túrbios gastrointesti­nais, dores abdominais, náuseas e, a longo pra­zo, problemas hepáti­cos e renais.
- Ferro: aliada no tratamento de anemia, pois quando aquecida o mineral presente ne­la é transferido para o alimento. Quanto maior o tempo de contato do alimento com a panela maior a concentração do mineral liberado, por isso não se reco­menda deixar o alimento por muito tempo nela. Cuidado para não usá-la enferrujada, pois ferrugem é prejudicial à saúde.
- Cerâmica: é ótima conservadora de ca­lor, é de fácil higienização e antiaderente, só é preciso se certificar na compra que a tinta contida no revestimento não seja tóxica.
- Barro: por ser porosa facilita o acúmu­lo de resíduos de alimentos no seu interior, propiciando o aparecimento de micro-orga­nismos. Indica-se secar no fogo para evitar a proliferação de bactérias.
- Vidro: é a mais indicada como segura para a saúde humana. Cozinhar nela requer cautela, pois retém calor com muita facili­dade, podendo queimar os alimentos mais facilmente.
- Pedra-sabão: são porosas devendo-se atentar na higienização para não desenvol­ver microorganismos.
- Esmaltada: o esmalte utilizado pode conter chumbo ou cádmio, podendo levar à intoxicação, danos ao aparelho respiratório, digestivo, nervoso e circulatório.
Para finalizar é muito importante em qual­quer tipo de material não guardar sobras de alimentos nas panelas. O ideal é armazená-los em potes de vidros sob refrigeração.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Para acertar na maquiagem

Os pincéis são acessórios indispensáveis para garantir um bom resultado na maquiagem: são os produtos certos para preparar a pele, a sombra que realça o olhar, o batom que desenha a boca. Tudo pode ter sido escolhido com muito cuidado, mas se na hora da aplicação você tiver as ferramentas corretas, o resultado pode ser melhor do que o esperado. A Marco Boni explica qual o pincel correto para cada tipo de produto:
                                                                  
                                                                  Pincel de base
Achatado e fino, ele espalha o produto por igual na pele. Com um pouco de base nas costas da mão, molhe a ponta das cerdas e espalhe pelo rosto. A pele fica com um efeito aveludado.


Para aplicar pó
Quanto mais redondo e fofo mais natural fica a aplicação. Aplique o produto com movimentos de ‘vai e vem’ no rosto. Para não exagerar na quantidade de produto, encoste as cerdas no pó e de batidinhas ou assopre o pincel.


Para passar blush
Com topo arredondado (para um efeito mais natural e esfumado) ou chanfrado (para um efeito mais preciso e marcado). Antes de aplicar o produto retire o excesso do pincel com batidinha, depois deposite o blush nas maçãs do rosto em direção às orelhas.




Para  sombra
Com espuma (melhor para aplicar sombras com glitter) ou de cerdas achatadas. Aplique a sombra dando batidinhas por toda pálpebra.


Para delineador
Ponta em diagonal para auxiliar o manuseio. Umedeça o pincel, passe na sombra e faça um traço grosso rente aos cílios.



Para aplicar batom
Cerdas grossas e firmes, ideal para aplicar batom e desenhar a boca. Passe o pincel no batom e preencha os lábios.



terça-feira, 10 de novembro de 2015

Segurança na água


Com a chegada do verão, as crianças aven­turam-se em locais com água, muitas vezes inadequados para banho, e com isso arris­cam a própria vida. É preciso que se faça um trabalho de cons­cientização junto às crianças e alerta aos perigos, para que conheçam as situações e saibam a forma correta de entrar numa piscina que não conhecem, cuidado ao correr em volta dela, problemas que po­dem causar ao empurrar e afundar o amigo, pular sem ver quem está embaixo e orientá-los a comer alimentos leves antes de nadar para não se sentir mal.
No mar, as crianças precisam saber sobre o perigo da corren­teza, bancos de areia, e lembrar sempre que devem procurar um local com salva-vi­das próximo. Também que se deve evitar en­trar em locais em que não se enxerga o fun­do, como rios, lagos e represas, pois corre­mos o risco de ficar presos no lodo, galhos de árvores, de machucar ao mergulhar e ba­ter nas pedras, cacos de vidro, latas enfer­rujadas etc.
Confira cinco dicas importantes que auxi­liam atingir mais de 95% de segurança con­tra afogamentos em piscinas (informa­ções extraídas do si­te da Sobrasa):
- Atenção 100% no seu filho a distân­cia de um braço, mes­mo na presença de um guarda-vidas.
- Guarda-vidas certificado por enti­dade reconhecida pe­la Sobrasa para cada piscina devidamente equipado com seu flu­tuador de resgate ou um professor de nata­ção com treinamento em emergências aquá­ticas durante o horário de aula (não se apli­ca a piscinas residenciais).
- Urgência: aprenda como agir em emer­gências aquáticas. O uso de cilindro de oxi­gênio é restrito ao guarda-vidas e deve es­tar em local visível e a disposição na área da piscina.
- Acesso restrito à piscina com uso de grades ou cercas transparentes com por­tões autotravantes a uma altura que impe­ça crianças de entrar no recinto da piscina sem um adulto.
- Sucção de cabelo e partes do corpo de­ve ser evitada com uso de ralos antiaprisio­namentos, redução da sucção por ralo e pre­cauções de desligamento do funcionamen­to da bomba.
Aprenda a nadar e dê este presente para o seu filho: a oportunidade de aprender a na­dar corretamente em uma escola de natação!


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Pensão alimentícia e seus questionamentos frequentes


O objetivo da concessão da pensão alimentícia é suprir as necessidades bá­sicas e a manuten­ção do padrão de vi­da e conforto do ali­mentado. Não se tra­ta de um direito ex­clusivo do filho, po­dendo ser concedi­da ao ex-cônjuge, ex-companheiro (a) de união estável e aos pais, desde que o interessado comprove não ter condições de arcar com a sua subsistência. Na maioria das vezes, a pensão alimentícia está associada à mulher separada, contudo, esse direito deve ser recebido por aquele que tem a guarda do filho, seja o pai ou a mãe.
A fixação dos alimentos pode ser estabe­lecida em comum acordo entre as partes en­volvidas, no entanto, caso não seja possível o consenso, haverá a necessidade da inter­venção do Judiciário – o juiz realizará uma análise dos rendimentos do alimentando, ou seja, aquele que paga a pensão, e da neces­sidade do alimentado, aquele que recebe a verba alimentar.
Nossos tribunais têm apresentado o en­tendimento de que a pensão alimentícia de­ve ser em torno de 30% do salário bruto do alimentando, após os descontos previstos em lei (INSS, contribuição sindical, IR), e, em caso de desemprego ou serviço autôno­mo, a importância de no mínimo 30% do sa­lário mínimo federal vigente à época de cada pagamento. Como se vê, o desemprego não é justificativa para o não pagamento da pen­são alimentícia. A obrigação do alimentan­do persiste em relação ao alimentado mes­mo durante essa situação.
Importante dizer que os valores pagos a tí­tulo de pensão alimentícia podem ser revisa­dos a qualquer momento, tanto para mais co­mo para menos, desde que comprovada a mu­dança na situação financeira de quem a supre (alimentando) ou de quem a recebe (alimen­tado), nos termos do Artigo 1.699 do Código Civil, sendo necessário o ingresso de uma ação revisional de alimentos pelo interessado.
E, com o advento da Lei n11.804, de 5/11/2008, toda mulher gestante pode rei­vindicar alimentos durante a gravidez, resul­tando, daí, os chamados “alimentos gravídi­cos”. A lei destina-se àquela situação de gra­videz ocorrida fora do casamento, uma vez que, no âmbito do casamento e da união es­tável são, automaticamente, asseguradas em face do dever de assistência do cônjuge ou do companheiro (Artigo 1.566 e 1.724 do Código Civil).
A falta de pagamento dos três últimos meses de pensão alimentícia pode acarre­tar a prisão civil do devedor por no míni­mo 30 dias, e de no máximo 90 dias, con­forme determinação judicial. Esgotados to­dos os meios de cobrança de alimentos con­tra alimentando, sem êxito, pode o alimen­tado, subsidiariamente, exigir a pensão ali­mentícia dos avós.
E, para finalizarmos a matéria e não o as­sunto, os alimentados menores de 18 anos têm direito à pensão alimentícia enquanto perdurar a necessidade, em geral até atin­gir a maioridade, ou seja, 18 anos. Caso o alimentado esteja cursando universidade, a pensão poderá ser estendida até o térmi­no do curso.
(Artigo dos advogados Andréa do Prado Mathias (OAB/SP 111.144) e Luciano do Prado Mathias (OAB/SP 282.644).

domingo, 8 de novembro de 2015

Cuidados diários para uma pele saudável


Devemos cuidar da pele o ano inteiro, mas, no verão, com as altas temperaturas, a radiação solar incide com mais intensidade sobre o planeta, o que aumenta o risco de queimaduras, câncer da pele, manchas e outras doenças. Por isso, alguns cuidados são fundamentais. Confira as dicas da dermatologista Anelise Ghideti  (CRM 109.432).
Rosto
- A fotoproteção adequada é essencial. Além do filtro solar com FPS 30 ou mais, é importante usar chapéu e roupas, de preferência de algodão ou com tecidos que contenham proteção solar, o chamado FPU. Além dos  óculos de sol, que ajudam na prevenção da catarata e de lesões na córnea.

- Limpeza diária.

- Aplicação de loção tônica (peles normais a secas) ou adstringente (pele oleosa).

- Uso de hidratantes (peles normais a secas) ou substâncias que controlem o excesso de oleosidade (pele oleosa).

- Aplicação noturna de substâncias que regeneram a pele

- Evite a exposição solar entre 10h e 16h (no horário de verão)

- Utilizar guarda-sol também feito de algodão ou lona, porque estes materiais absorvem cerca 50% da radiação UV.

- Lembrar que temperaturas mais altas exigem uma maior hidratação. Portanto, abuse da água, suco de frutas e da água de coco. E aplique um bom hidratante.

- Banhos rápidos, mornos e com pouco sabonete (de preferência que contenham substâncias hidratantes).

Corpo

Segundo a dermatologista, diferente da pele do corpo, a pele do rosto contém um número maior de folículos pilosebáceos o que confere mais oleosidade em relação ao resto do corpo. É por este motivo também que a cicatrização da pele facial é melhor e mais rápida do que o restante do corpo. Além disso, a camada mais externa da pele chamada de camada córnea é menos espessa na face, o que confere o aspecto de pele mais macia e mais fina.

“Dependendo do tipo de pele, a existência de manchas ou acne, entre outros fatores, devem ser utilizados produtos específicos para cada problema, tanto no uso diurno, quanto no uso noturno”, diz ela.

Para a pele do corpo os cuidados são: evitar banhos muito quentes, uso de buchas e usar um bom hidratante corporal após o banho. Para prevenir o aparecimento de manchas e rugas, além de alimentação e hábitos de vida saudáveis, seguir os mesmos cuidados básicos para pele do rosto, caprichando no uso diário do filtro solar.  

A pele oleosa costuma apresentar imperfeições, poros dilatados, cravos e brilho excessivo, principalmente na chamada zona T. Por isso, a limpeza deve ser feita 2 vezes ao dia com sabonetes que contenham substâncias desengordurantes e adstringentes. Deve-se também evitar a lavagem em excesso, já que isso pode provocar o efeito “rebote” levando a uma maior produção de gordura pela pele. Os filtroa solares também devem conter substâncias seborreguladoras que ajudam a manter a pele sem brilho excessivo ao longo do dia.
Para uso noturno dê preferência aos produtos que contenham agentes que estimulem a renovação celular (ácido salicílico, ácido retinoico e seus derivados e outros alfa-hidroxiácidos).

Cuidado também com o uso de maquiagem: é importante escolher produtos que não contenham óleo (oil free), que não obstruam os poros e não provoquem cravos (não-comedogênicos).


“A oleosidade natural da pele (ou manto hidrolipídico) funciona como uma barreira mecânica, que protege o corpo da penetração das bactérias, fungos, vírus, do frio, da poluição e do contato com alérgenos”, explica a médica. “Por isso, a pele seca fica mais suscetível a tudo isso e propensa ao aparecimento de doenças, como a dermatite atópica, eczemas, dermatite de contato irritativa, dermatite seborreica e outras.” 

sábado, 7 de novembro de 2015

Você sabe a diferença entre diet, light ou zero?


A visita ao supermercado tem se tornado cada vez mais difícil, não só pela alta dos preços, mas também pela imensa variedade de produtos oferecidos que, ao invés de facilitar, acaba dificultando a nossa vida. Nas gôndolas não faltam opções. Todos os dias temos novidades e denominações diferentes, dentre elas uma classificação, apesar de antiga, ainda causa bastante dúvida aos consumidores. Afinal, quais são as diferenças entre os produtos diet, light ou zero?
Para que você desvende de uma vez por todas esse mistério e descubra qual tipo é o mais adequado para seu estilo de vida, confira as principais características de cada um deles:
Diet - apresenta modificações especiais para se adequar a diferentes dietas ou necessidades metabólicas, como diabetes, hipertensão, etc. São os produtos que se destinam a pessoas com algum tipo de doença que as obrigam a controlar ou mesmo suprimir a ingestão de algum nutriente normalmente presente na dieta. Tem que estar declarado e ser facilmente legível a que tipo de dieta o alimento se refere e qual a quantidade desse elemento em sua composição. Pode ser Diet em açucares, sódio, gordura etc. Um produto diet em açúcares pode não ser o mais indicado para perda de peso, uma vez que pode ser mais calórico que os produtos convencionais. É importante neste caso ver quantas calorias a porção daquele alimento vai proporcionar e compará-la com o alimento convencional
Light - neste caso, o alimento possui uma redução mínima de 25% das calorias ou de algum nutriente em relação ao original, como gordura, açúcares ou sódio. Seu consumo é indicado para pessoas que precisam reduzir o teor destes elementos na alimentação. Para quem tem como foco o emagrecimento, é importante se atentar aos rótulos, pois a redução calórica pode ser muito pequena em alguns alimentos. Um bom exemplo são alguns pães light que, apesar de apresentarem um teor reduzido de gorduras, são quase tão calóricos quanto os tradicionais.
Zero - indica o alimento com restrição ou isenção de algum nutriente em comparação com a versão tradicional. Para existir a alegação de, por exemplo, “Zero Açúcar” o produto pode apresentar no máximo 0,5 gramas de açúcar em 100 gramas do alimento pronto para o consumo. Os produtos sem adição de açúcar (sacarose) podem conter açúcares normalmente presentes nos outros ingredientes como a lactose (presente no leite), a frutose presente em frutas e outros mono e dissacarídeos presentes naturalmente nos ingredientes utilizados na fabricação do produto. Para cada nutriente que se declara ZERO existe o limite máximo legal definido pela ANVISA/Ministério da Saúde.
Para os portadores de deficiências metabólicas (diabetes, hipertensos, intolerantes a determinado nutriente) é fundamental o acompanhamento de um médico ou nutricionista.
Cabe ressaltar que mais importante do que conhecer as principais diferenças entre os produtos é saber consumi-los, fazendo com que atendam às nossas necessidades. Na ditadura do glúten free, observe se essa restrição é realmente útil para seu organismo. Faça o mesmo com os produtos diet, light e zero. Se você não é diabético ou não precisa diminuir o teor de algum nutriente específico, opte por alimentos tradicionais. Agora, se o objetivo for priorizar uma alimentação mais saudável, uma excelente opção podem ser os produtos menos calóricos, que possuem todos os nutrientes da versão original, porém em proporções mais equilibradas.
Lembre-se que é possível ter qualidade de vida sem abrir mão do sabor e das delícias disponíveis por aí. Para isso, basta que suas escolhas sejam conscientes. Assim não haverá culpa capaz de tirar a alegria proporcionada por uma boa e saborosa refeição. Afinal, saudável e gostoso, é cada vez mais acessível, mas precisamos saber escolher.

(Artigo da engenheira de alimentos Filomena Benfatti)