A incontinência urinária (IU) é uma
condição que afeta dramaticamente a qualidade de vida, comprometendo o
bem-estar físico, emocional, psicológico e social dos seus portadores. A IU
pode acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os
níveis sociais e econômicos. Quem explica é a fisioterapeuta uroginecológica Raquel Piovesana:
- Incontinência Urinária Masculina: as causas são
variadas e a identificação da origem é essencial para o tratamento adequado.
Em homens sem problemas neurológicos, a IU está na maioria das vezes associada
à história de cirurgias prostáticas, quando pode haver lesão do esfíncter ou
do nervo responsável pelo seu funcionamento, levando a perdas urinárias. As
perdas também podem decorrer de um excesso de contrações da bexiga durante o
enchimento ou mesmo de transbordamento da urina.
- Incontinência Urinária Feminina: diferentes
doenças podem causar os sintomas. Algumas delas são transitórias e facilmente
tratáveis, como infecções urinárias e vaginais, efeitos colaterais de
medicamentos e constipação intestinal. Outras causas podem ser duradouras ou
permanentes. Entre as mais comuns estão a fraqueza dos músculos que sustentam
a bexiga (bexiga caída e incontinência urinária de esforço), a bexiga
hiperativa (contrações involuntárias da musculatura da bexiga) e a urgência
miccional (vontade repentina e/ou incontrolável de urinar).
A fisioterapia urológica atua com técnicas de tratamento
não cirúrgico das disfunções do assoalho pélvico (urogenitais e anorretais),
como a incontinência urinária, os prolapsos genitais, a dor pélvica crônica, a
incontinência fecal e as disfuções sexuais, utilizando aparelhos de
biofeedback para contrações isoladas do períneo e eletroestimulação para
fortalecimento e/ou inibição das musculaturas envolvidas. O tratamento é
simples, indolor e sem efeitos colaterais.
Uma vez que a IU é um sintoma, informe seu médico sobre
ele. Uma avaliação bem feita pode determinar a causa da sua incontinência e
auxiliar na escolha do tratamento adequado.
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