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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Morte súbita no esporte


A prática de atividade física é sinônimo de diversão, bem-estar e saúde. Quando realizada de forma correta proporciona diversos benefícios para o organismo, além de prevenir doenças. No entanto, é fundamental, especialmente em atividades mais intensas a realização de um exame médico desportivo. Isso porque muitas pessoas podem ter doenças cardiovasculares, muitas vezes sem sintomas, sendo um risco para a prática de exercícios físicos de alta intensidade.
De acordo com o cardiologista e especialista em medicina do exercício e do esporte, dr. Marcelo Leitão, a morte súbita no esporte ocorre 95% das vezes em decorrência de doenças cardiovasculares. Nos atletas jovens, com menos de 35 anos, as principais causas de morte súbita são as doenças cardíacas congênitas, aquelas presentes desde o nascimento, mas que podem ser silenciosas ou só se manifestarem tardiamente.
A cardiomiopatia hipertrófica é o tipo mais comum de doença cardíaca de origem genética relacionada a morte súbita no esporte. Ela se caracteriza pelo aumento da espessura do músculo do coração (miocárdio), fazendo com que seja mais difícil para o coração bombear o sangue. “É a situação mais frequente”, comenta o médico. Já acima de 35 anos de idade as doenças das artérias coronárias respondem pela grande maioria dos eventos de morte súbita no esporte.
Segundo o especialista, dor no peito, na região do pescoço, ou na região superior do abdômen desencadeada pelo esforço, falta de ar, episódios de tonturas ou desmaios são sintomas que podem preceder a morte súbita. “O maior erro que se pode cometer é menosprezar estes sintomas”, diz o cardiologista.
O dr. Marcelo destaca ainda que o uso de drogas ilícitas como a cocaína podem estar associada a morte súbita no exercício, assim como substâncias lícitas como a cafeína, quando ingeridas em altas doses.
Prevenção acima de tudo
A maneira mais eficaz de prevenir a morte súbita é fazer uma avaliação médica periódica. Praticar exercícios físicos dentro dos limites estabelecidos também ajuda a evitar este tipo de evento. “Pessoas portadoras de arritmias cardíacas ou de qualquer outro tipo de doença cardiovascular não apenas podem, mas devem praticar exercícios. O ponto fundamental é que esta prática deve ser baseada numa prescrição adequada”, comenta o médico.
O que fazer
A causa mais comum da parada cardíaca é uma arritmia chamada de fibrilação ventricular. É uma situação na qual há uma desorganização da atividade elétrica do coração, e assim, o coração para de bombear sangue efetivamente. “Uma pessoa que sofre uma morte súbita durante a prática esportiva, seja por um infarto agudo do miocárdio, seja por miocardiopatia hipertrófica, na grande maioria das vezes apresentará a fibrilação ventricular como mecanismo de parada cardiorrespiratória”, explica dr. Leitão.
Quem presencia este tipo de ocorrência deve em primeiro lugar pedir auxílio e chamar um serviço de atendimento de emergência (SAMU/SIATE). Se tiver treinamento adequado, deve iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação cardiopulmonar, com ênfase nas compressões torácicas (massagem cardíaca). “Há diversas pesquisas que mostram claramente que a chance de sucesso no atendimento de uma parada cardiorrespiratória é duas vezes maior se alguém executou as manobras básicas de ressuscitação até a chegada de um serviço de emergência”, destaca o cardiologista.


quinta-feira, 4 de junho de 2015

Dormir faz bem pra saúde



O sono faz bem para a saúde. Noites bem dormidas proporcionam bem estar e evitam o aparecimento de doenças. É o que aponta estudo realizado pelo Centro de Transtornos do Sono da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos. A pesquisa revelou que quem dorme cerca de sete horas por noite tem uma vida mais saudável do que aqueles que dormem muito tempo a mais ou a menos do que isso. Segundo os dados apresentados, aqueles que dormem mais ou menos estariam mais propensos a desenvolver doenças cardiovasculares.
Segundo o neurologista da Life Clínica, dr. Luis Eduardo Belini (CRM 135.815), é importante respeitar as necessidades fisiológicas de cada indivíduo. “O ideal são de sete a oito horas por dia, mas deve-se observar se as noites estão sendo suficientes para o descanso e qual a qualidade deste sono”, orienta.
De acordo com dr. Belini, a observação da qualidade do sono é importante pois uma noite bem dormida é fundamental para o desenvolvimento do sistema nervoso central, desde os primeiros anos de vida. É durante a noite também que gravamos as informações adquiridas, consolidando a memória. “Nesse período o organismo equilibra a produção de hormônios e substâncias químicas, prevenindo a obesidade, controlando a hipertensão e o diabetes, fortalecendo a memória, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares, além de melhoras do desempenho físico, trabalho e humor”, afirma.
Isso porque existem quatro fases do sono e uma dificuldade em qualquer uma delas pode trazer prejuízos a curto e longo prazo. “Nas três primeiras fases o corpo economiza energia promovendo a restauração dos tecidos, aumento da massa muscular e liberação do hormônio do crescimento. Na fase REM é que há a consolidação da memória e do aprendizado. Quando o sono é interrompido a pessoa volta à primeira fase e o processo fica comprometido”, explica Belini.
A fase 1 corresponde a 10% da noite, momento de transição entre a vigília e o sono. A fase 2 corresponde a 45% da noite, onde há diminuição do ritmo cardíaco, respiratório, a temperatura corporal baixa e os músculos relaxam. A fase 3 corresponde a 25% da noite, quando o corpo funciona lentamente, o coração bate em ritmo lento e a respiração é mais leve. Já a fase 4, chamada de REM (Rapid Eye Movement), corresponde a 20% da noite e é quando ocorrem as descargas de adrenalina, picos de batimentos cardíacos e pressão artéria. Também é a fase dos sonhos.
Ocasionalmente, o sono pode ser interrompido por diversos fatores, mas quando as noites mal dormidas são constantes é preciso observar as reações do corpo para diagnosticar se a pessoa possui algum distúrbio que provoque interrupções frequentes. Como consequência às noites mal dormidas, o indivíduo pode apresentar irritabilidade, queda de concentração e piora das doenças pré-existentes como, por exemplo,  pressão alta, diabetes e obesidade.
Entre os distúrbios de sono mais comuns estão a apneia e a insônia. “A apneia é caracterizada pela diminuição e interrupção da respiração por, no mínimo, 10 segundos, fazendo com que a pessoa acorde várias vezes durante a noite. Já a insônia é reconhecida pela dificuldade em iniciar ou manter o sono, acordando repentinamente ou até mesmo passando as noites em claro”, explica Belini. O médico ainda comenta que há diversos outros distúrbios, e que, em função disso, cada paciente deve ser analisado individualmente, de acordo com os sintomas apresentados.
Há, no entanto, algumas dicas para quem está procurando por noites mais tranquilas. “O ideal é estabelecer uma rotina com horário regular para deitar e levantar todos os dias, não comer perto da hora de dormir pois o metabolismo diminui durante o sono fazendo com que o alimento vire gordura, chegar em casa três horas antes de deitar, parar de trabalhar duas horas antes de dormir, tomar um banho e relaxar. Algumas atividades deixam a mente acelerada, dificultando a chegada do sono. Também é importante não ultrapassar os 30 minutos de cochilo durante a tarde e não cochilar a noite”, orienta o especialista.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Os prejuízos do sedentarismo


O sedentarismo é um dos fatores de risco modificáveis que contribuem para o aumento da prevalência de doenças cardiovasculares, responsáveis por 300 mil mortes anuais no Brasil. É um problema de saúde pública, em que ocorre a diminuição de gasto energético por causa da diminuição de atividade física habitual no trabalho e em rotinas diárias, além do aumento do tempo gasto em hábitos sedentários, como assistir TV, trabalhar no computador, jogar videogame etc. Ou seja: o aumento da prevalência do sobrepeso e da obesidade está fatalmente ligado à modernização como causa-efeito.
Segundo os educadores físicos Raphael da Silva e Francisco Felix Coco, um dos consensos da causa do aumento da obesidade no mundo industrializado é o consumo de grande proporção de calorias derivadas de gorduras, proteínas e carboidratos simples, e uma baixa ingestão de carboidratos complexos, associado a um baixo nível de exercício físico, levando a um estilo de vida sedentário.
Dados da Organização Mundial da Saúde, de 2008, mostram que, mundialmente, aproximadamente 3,2 milhões de mortes todo ano são atribuídas à atividade física insuficiente, e o sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortalidade no mundo. O hábito da prática de exercício físico para as crianças deve ser influenciado pelos pais e, se desenvolvidos nessa fase, tende a se manter até a fase adulta.
Quando o exercício físico é monitorado e combinado com uma ingestão calórica adequada consegue-se evitar a obesidade e o sedentarismo, além de prevenir doenças crônicas (diabetes, hipertensão, osteoporose etc), e no caso de já instalada a doença, o exercício atua como tratamento terapêutico não farmacológico.
Segundo o Colégio Americano de Medicina do Esporte, a mínima quantidade recomendada para conseguir benefícios para a saúde acima dos esforços leves do dia a dia é a prática de 30 minutos de atividade física moderada 5 dias por semana, ou 20 minutos de exercícios vigorosos 3 dias por semana, ou a combinação de moderado e vigoroso. Lembre-se: dê um passo de cada vez. Inicie com o que julgar mais fácil e vá incorporando novos hábitos com o tempo. Pequenas mudanças fazem grande diferença!