Citada
de maneira equivocada pela maioria das pessoas que sofrem de tontura, a
labirintite pode, na verdade, esconder outras doenças do labirinto, que é a
parte interna do ouvido, responsável pela audição, percepção e equilíbrio do
corpo.
De
acordo com o otoneurologista Ricardo Dorigueto, do Hospital Paulista, o termo
labirintite é geralmente utilizado de modo incorreto por pacientes
e, até mesmo, por alguns profissionais da saúde, como sinônimo de tontura.
O especialista faz um alerta para os riscos de
doenças neurológicas, psiquiátricas, cardíacas, hormonais e metabólicas,
manifestadas com os mesmos sintomas. De fato, a maioria dos pacientes que se
queixa de tontura possui doenças localizadas no labirinto ou em suas conexões
com o sistema nervoso, mas não é a labirintite, caracterizada pela inflamação
do labirinto.
Segundo o dr. Dorigueto, é importante que, ao sentir tontura, o indivíduo procure um médico, que pode ajudar a identificar a doença ou qual condição de saúde que está causando este sintoma.
"Erros alimentares, estresse emocional, automedicação e hábitos inadequados de sono e postura devem ser corrigidos. Neste momento de isolamento social, é necessário ficar atento também ao nervosismo, insônia e ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, nicotina e doces", destaca o especialista.
A patologia, no entanto, pode ser evitada por meio da adoção de hábitos saudáveis, praticados no dia a dia, além de uma dieta equilibrada, livre de gordura e açúcares; e da prática de atividades físicas regulares.
Diagnóstico
A
melhor forma de diagnosticar a tontura é por meio de avaliação médica
minuciosa. Como os sintomas costumam ser bastante comuns em pessoas que sofrem
de outras patologias, como diabetes, hipertensão e até esclerose múltipla, é
comum que ela seja facilmente confundida com outra doença.
"Caso
haja algum desses sintomas, é importante que o paciente procure um profissional
o quanto antes. A avaliação médica é importante não só para diagnosticar a
labirintite, mas qualquer uma das doenças mencionadas", ressalta o médico.
Segundo
o dr. Ricardo, o diagnóstico da tontura pode ser auxiliado por meio de exames
complementares sofisticados, como a videonistagmografia, o vHIT (teste do
impulso cefálico com vídeo) e o VEMP, indicados pelo profissional caso haja
necessidade.
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