Tão logo seja descoberta a gravidez, a futura mamãe
iniciará o pré-natal com o suporte de um obstetra de confiança, para
identificar situações que podem interferir tanto em sua saúde quanto na do
feto.
Esse acompanhamento será feito por meio de exames
que indicarão quais os cuidados pré-natais e possíveis tratamentos. O obstetra
e ginecologista Mário Burlacchini enumera quais os principais, de acordo com a
fase da gestação:
Primeira consulta
A primeira providência é fazer o exame de sangue
para confirmar a gravidez. Com o resultado positivo em mãos, o especialista
solicita:
·
Ultrassom transvaginal (se o atraso da menstruação
já estiver por volta de 6 a 7 semanas): avalia se o embrião está implantado
adequadamente no útero, qual o tempo da gravidez, se é gemelar e se é ectópica,
ou seja, ocorre nas trompas;
·
Hemograma completo: checa os níveis de globulina e
a necessidade de reposição de vitaminas;
·
Tipagem sanguínea para fator RH: identifica se mãe
possui RH negativo;
·
Glicemia: aponta se a mulher é diabética;
·
Sorologia para rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis
e hepatites A e B: se identificadas, estas doenças podem resultar em
malformações fetais;
·
Urina tipo 1: investiga infecções e doenças renais;
·
Parasitológico de fezes (exame de rotina);
·
Papanicolau, se mulher realizou há mais de um ano.
1º trimestre/entre 11 e 14 semanas
·
Ultrassom morfológico: avalia as malformações
fetais e a translucência nucal, a qual pode dar indícios da Síndrome de Down;
para confirmar este quadro fazem-se os exames beta HPG livre e PAPP-A.
2º trimestre / entre 20 e 24 semanas
·
Ultrassom para acompanhar crescimento fetal, peso e
líquido da placenta;
·
Glicemia com sobrecarga: retira-se sangue depois da
ingestão de uma alta taxa de glicose a fim de averiguar a ocorrência de diabete
gestacional.
3º trimestre
Entre 30 a 32 semanas
·
É o período ideal para realização do ultrassom 3D
(imagem estática) ou 4D (imagem com movimento): com essa tecnologia é possível
ver melhor órgãos internos do feto, como o funcionamento do pulmão. São mais
indicados para casos de desconfiança de malformações, em virtude do grande
detalhamento da imagem, e nas gestações normais contribuem para aumentar ainda
mais o vínculo entre pais e nenê.
Entre 34 a 36 semanas
·
Ultrassom obstétrico: verifica o desenvolvimento do
feto de acordo com a idade gestacional;
·
Repetição do exame para HIV e sífilis: é importante
rastrear novamente, porque essas doenças podem ser transmitidas ao bebê durante
o parto;
·
Streptococus do grupo A (bactéria existente no
trato intestinal normalmente): pesquisar se há na vagina ou no ânus, pois no
parto pode passar à criança e gerar infecção pulmonar – importante causa de
morte no primeiro dia de vida do recém-nascido.
SINAL DE ALERTA
Segundo o dr. Burlacchini, algumas gestantes
requerem cuidados adicionais e um acompanhamento ainda mais criterioso, quando
apresentarem:
·
Hipertensão: são solicitados exames para aferição do nível de colesterol,
coagulação sanguínea, além de exames de ureia, creatinina, proteína na urina de
24h e ácido úrico, para checar a função renal. Faz-se também ultrassom para
averiguar crescimento fetal e teste de vitalidade fetal, que verifica
oxigenação, bem-estar e nutrição.
·
Diabetes: a gestante deve controlar a glicemia com o exame do furinho do dedo –
de 5 a 7 vezes por dia.
·
Problemas hematológicos: investiga trombofilia.
·
Cardiopatia: edocardiografia, eletro e ecocardiograma fetal, quando há histórico de
a mulher ter nascido com cardiopatia congênita ou tiver filho com problemas no
coração.
·
Contrações antecipadas: faz-se a fibromectina fetal para verificar se bebê corre risco de
nascer antes do tempo
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