Além das epidemias de zika, dengue e
chikungunya que tem tirado o sono de boa parte da população, outra doença vem
ganhando destaque nos noticiários: a gripe influenza H1N1. Somente este ano em
São Paulo, de acordo com a Secretaria de Saúde do município, já são 12 casos
notificados – o total do ano passado inteiro.
Segundo a dra.
Regia Damous, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, este
novo surto da doença tem intrigado os médicos: “a gripe influenza é sazonal e
acontece normalmente nos meses mais frio de outono e inverno. Porém, o que
temos visto são as pessoas infectadas mais cedo, e não existe, ainda, nenhuma
explicação para esse fenômeno”.
A médica
esclarece algumas dúvidas sobre o vírus da gripe H1N1:
O que é o H1N1?
O H1N1 é uma
variação da gripe comum. O vírus da gripe é muito suscetível a sofrer mutações,
e ao longo dos anos o ser humano vai adquirindo essas “variações” da gripe. No
caso do H1N1, estima-se que ele tenha surgido em 2009 e sua transmissão
aconteceu primeiro em suínos, popularizando a doença como “gripe suína”.
Quais seus sintomas?
Os sintomas
são os mesmos de uma gripe comum: febre alta e tosse, podendo apresentar dores
de cabeça e corpo, garganta inflamada, cansaço, diarreia e vômito. A doença
também pode evoluir para uma situação mais grave de pneumonia viral.
Por que o H1N1 tende a
ser mais agressivo do que a gripe comum?
Quando o vírus
da gripe sofre mutações, ele mantém algumas proteínas que formam a sua
estrutura. O corpo, quando já tem imunidade para o vírus anterior, já está,
então, mais preparado para combater essa nova variação, pois consegue
reconhecer a parte da estrutura viral que ficou. Porém, alguns tipos epidêmicos
se rearranjam em proteínas que as pessoas não têm resistências, tornando
algumas mutações mais desconhecidas ao nosso sistema imunológico. Esse é o caso
do H1N1: o sistema imunológico das pessoas tem proteção baixa para essa
vertente da gripe comum.
Como o H1N1 é
transmitido?
Por via oral,
pela tosse ou espirro. A infecção também pode ocorrer através de objetos
contaminados.
E como se proteger?
O mais
importante é adotar o hábito de higienizar as mãos. Para as pessoas que
apresentam sintomas, o recomendável é que ela adote a “etiqueta da tosse”: não
tossir nas mãos e usar o antebraço, tecido ou papel quando ocorrer tosse ou
espirro, evitando assim a contaminação de outros indivíduos. Além disso, outra
medida importante é tentar se manter saudável, adotando prática de exercícios,
alimentação balanceada e ingestão de bastantes líquidos.
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