Movidas
pela busca de uma rotina mais saudável ou mesmo pela preocupação com a
estética, diversas pessoas têm adotado a corrida de rua como atividade física
cotidiana. A modalidade traz uma série de benefícios, como a melhora
cardiovascular, ganhos no desempenho cognitivo, além de ser uma atividade
prática, que poder ser realizada por qualquer indivíduo saudável, de acordo com
o professor do curso de Educação Física da Faculdade Anhanguera de Campinas,
Thiago Fernando Lourenço.
Para
quem está pensando em iniciar a prática, Lourenço faz algumas recomendações.
“Nosso organismo foi feito para se mover. Porém, em alguns casos clínicos
específicos a corrida não é aconselhável”, observa. “Por esse motivo, antes de
começar, é importante passar por uma consulta médica para que sejam avaliadas
as condições cardiológicas em repouso e, principalmente, durante o esforço.” O
professor ainda sugere que seja feita uma avaliação ortopédica para evitar
problemas durante a prática.
Após
a consulta, chega a hora de partir para a ação. Porém, é importante se atentar
com ‘treinos prontos’. “Cada organismo responde de uma forma ao exercício, por
isso o acompanhamento de um profissional de Educação Física é fundamental”,
orienta. Além disso, opte sempre por roupas leves claras e confortáveis. O
tênis deve ser escolhido com base no tipo de pisada. “Atualmente, nas lojas de
artigos esportivos, os vendedores estão capacitados para atender pessoas que
possuem pés pronados (virados para dentro), supinados (virados para fora) ou
neutros.”
O
professor lembra que traçar metas realistas e de curto prazo é um fator
fundamental para que não haja desistência da atividade logo depois dos
primeiros treinos. Nos primeiros meses, o ideal é ir aumentando em 5% ou 10% a
distância percorrida a cada treino. Isso faz com que o corpo e o cérebro fiquem
cada vez mais animados com os desafios.
Não
se assuste se em pouco tempo você começar a enxergar a corrida como uma
necessidade e não só como uma atividade: por volta de 20 minutos após o início
da corrida, o organismo começa a liberar endorfina na corrente sanguínea,
substância que ativa um sistema de recompensa que faz com que sintamos sensação
de bem-estar. “Do mesmo modo que as drogas, a atividade pode viciar
sim. Por isso, reserve pelo menos dois dias na semana para realizar outras
atividades que não seja a corrida”, finaliza ele.
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