Dados do
Ministério da Saúde recentemente divulgados revelam que o infarto agudo do
miocárdio é a segunda principal causa de morte no Brasil. A doença é
responsável por cerca de 85,5 mil óbitos por ano – 233 casos por dia. Saber
diferenciar a queimação de um infarto pode ser o primeiro passo para evitar que
os alarmantes números cresçam ainda mais.
Para o
coordenador clínico do Serviço de Cardiologia do Hospital Santa Catarina, prof.
dr. Walter Gomes, é comum algumas pessoas sentirem dor no peito em determinadas
fases da vida ou após a prática de exercícios físicos intensos. Todavia, embora
as causas possam variar desde um refluxo até algo muito grave, como um infarto,
é vital ficar atento e buscar socorro imediatamente em alguns casos.
A
queimação no peito, algumas vezes, é o primeiro sinal de que a saúde do coração
não está 100%. “Não levar a sério esse sintoma é um risco que muitas pessoas
preferem correr. No atendimento de emergência, notamos que alguns pacientes,
vítimas de infarto, tiveram dor no peito ou queimação dias antes de serem
internados”, diz o cardiologista.
Para o
médico, além do reconhecimento do sintoma, a rapidez com que se procura o
hospital e é atendido é outro fator determinante para evitar riscos maiores, já
que a mortalidade no infarto agudo está relacionada ao tempo de atendimento.
O médico
elenca quatro características da dor no peito que necessitam de atendimento
imediato:
·
Dor
acompanhada de náuseas, suor frio, falta de ar ou desmaio;
·
Dor no
centro do peito ou na parte superior do abdome e mais intensa que a habitual;
·
Incômodo
no peito que aparece após a prática de exercício físico e desaparece ao
repousar;
·
Dor no
peito que se irradia para o pescoço ou para os braços.
Prevenção
é sempre a melhor alternativa
Prevenir:
essa é a palavra-chave quando o assunto é o coração. “Abandonar o cigarro,
controlar o peso e, se necessário, fazer regime e buscar uma alimentação mais
saudável, diminuir o consumo de álcool, realizar atividades físicas regulares,
como caminhadas, por exemplo, são passos simples que estão ao alcance de
qualquer paciente e que podem fazer a diferença a favor da saúde já no curto
prazo”, conclui o especialista.
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