sábado, 7 de julho de 2018

BCG: proteção na primeira fase da vida



Os primeiros dias de vida do bebê são muito importantes, principalmente para a proteção contra doenças infectocontagiosas, como a tuberculose. A prevenção feita com algumas vacinas é essencial para garantir qualidade de vida nos primeiros anos e reduzir riscos também na vida adulta. A BCG (Bacilo Calmette-Guérin), uma das vacinas dadas no recém-nascido, imuniza contra a tuberculose. Feita com a bactéria viva atenuada, é aplicada intradérmica.

- A vacina não previne as doenças na fase adulta, mas na faixa etária pediátrica o objetivo é prevenir meningite tuberculosa ou tuberculose disseminada – ressalta a dra. Renata Coutinho, infectologista do Hospital Rios D’Or.

A BCG faz parte do Calendário Básico de Vacinação e é obrigatória para menores de um ano, que devem ser vacinados de preferência antes de deixar a maternidade. A vacina é contraindicada para crianças que tenham suspeita de imunodeficiência – identificado no teste do pezinho – e para crianças que já tiveram contato com a doença. Nesse caso, a vacina não é feita inicialmente.

Algumas reações podem se manifestar, desde aplicação da vacina até seis meses após. A mais comum é uma pequena lesão, que se transforma em uma elevação da pele e, posteriormente, em uma cicatriz.

- Mesmo nos imunocompetentes algumas reações locais podem acontecer, mas no geral é uma vacina bem segura. No local pode acontecer um abcesso frio, que é o pus; pode haver aumento dos linfonodos, sem dor e calor, ou úlcera, que é normal por conta da aplicação da vacina, a não ser que seja maior que 1 cm. Nesse caso, recomenda-se procurar um pediatra para o tratamento do local, alerta a especialista.


quinta-feira, 5 de julho de 2018

Dicas para manter a calma nos jogos da Copa


Com o avanço do seu time, fica mais difícil conseguir controlar as emoções durante o jogo, principalmente em uma batida de pênalti e um cartão vermelho para o seu jogador favorito. É (quase) inevitável não ficar nervoso e agitado. Para isso, Rita Calegari, psicóloga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, indica cinco dicas para ajudar a manter a calma nesses momentos decisivos:

1. Lembre-se que é um jogo e ganhar ou perder fazem parte da disputa - que envolve competência, habilidade e sorte!
2. Evite consumir alimentos ou bebidas que o deixem mais agitado, especialmente nas partidas mais empolgantes.
3. Lembre-se que o excesso de nervosismo pode fazer você ser ríspido ou hostil, se envolver em discussões na rua ou em casa - e isso pode trazer consequências negativas nas suas relações depois que a partida acabar. Respire fundo várias vezes antes de reagir ou “explodir” com alguém.
4. Para liberar o excesso de energia vale gritar, pular, entoar o “grito de guerra”, balançar bandeiras, tocar instrumentos - sempre respeitando o local que você está.
5- Mantenha seus rituais de boa sorte! As pessoas ficam mais nervosas quando não podem usar “aquela camiseta da sorte”, o “boné da copa campeã” ou sentar na cadeira cativa. Afinal, fé é sempre importante!

E por fim: se sentir qualquer sintoma incomum, não hesite em procurar atendimento médico.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Garanta a segurança do seu pet durante a viagem de férias


Com a chegada das férias escolares, muitas famílias decidem sair da rotina e viajar para o tão merecido descanso. Independente do destino escolhido, o período exige planejamento, especialmente quando há pets na casa. Muitos tutores ficam em dúvida quanto a levar ou não o animal na viagem, principalmente quando se trata de roteiros internacionais, já que implica em uma grande mudança nos hábitos do pet.

De acordo com Daniela Baccarin, médica veterinária e gerente de produtos da unidade Pet da MSD Saúde Animal, as mudanças na rotina do pet devem ser bem planejadas para que não haja prejuízos à sua saúde. Tanto os animais que viajam com seus tutores, como os que ficam em hotéis ou com conhecidos, precisam ter à sua disposição um ambiente com estrutura e espaço adequados para recebê-los. Sua alimentação deve ser respeitada, bem como o horário de suas medicações – no caso daqueles que fazem algum tipo de tratamento.

“É essencial que o pet esteja protegido contra doenças, já que as chances de ter contato com outros animais nessas circunstâncias são maiores. Portanto, a vacinação é primordial, bem como a adoção de medidas preventivas de longa duração contra pulgas e carrapatos”, afirma Daniela. Para que a proteção seja efetiva, recomenda-se que o tutor consulte o seu veterinário e adote os cuidados com pelo menos uma semana de antecedência da viagem. 

Além disso, é preciso certificar-se de que o animal poderá manter alguns de seus hábitos diários, como a hora do passeio e de repouso. Isso porque, se o pet ficar o dia todo preso em um novo ambiente, poderá ficar deprimido. O inverso, que acontece quando o animal fica em um ambiente com muitos estímulos, pode lhe causar ansiedade. “Verifique se o cachorro ou gato terá uma rotina minimamente parecida com a que ele tem no seu dia a dia”, aponta a especialista.  

Cachorros x gatos

Ainda segundo Daniela, é preciso considerar o que é melhor para o animal de acordo com o seu perfil. Gatos, por exemplo, têm mais dificuldade de se adaptar às mudanças na rotina, sendo, portanto mais indicado deixá-los sob a responsabilidade de alguém que possa alimentá-los e interagir um pouco com eles na própria casa – ou em outro ambiente semelhante.  

Já os cachorros têm mais facilidade de se adaptar às mudanças, mas também exigem mais atenção e suporte do tutor. Viagens com muitos passeios programados e que exigem longas horas de voos podem não ser tão benéficas a eles. Hotéis e cuidadores especializados podem ser uma boa opção, mas sempre pesquise por referências antes de contratá-los.  

Independente da escolha, garanta que o seu animal usará durante todo o período uma coleira de identificação, que pode ser de grande valia caso o pet fuja ou se perca. Vale ainda lembrar que a segurança do ambiente que o animal permanecerá deve ser checada: verifique se os portões são seguros e se há telas nas janelas para evitar quedas em ambientes mais altos.  

Abaixo confira mais algumas dicas:

Pets que viajarão com a família  
  • Normas locais: se você fará uma viagem internacional, verifique as exigências do país de destino quanto ao recebimento de animais. Alguns lugares exigem além da carteirinha de vacinação, uma sorologia de raiva, comprovando que o animal está protegido contra a doença. Mas atenção: esse exame só pode ser realizado 30 dias após a vacinação, então fique atento às datas;
  • Transporte: pesquise sobre os pré-requisitos de trânsito – caso viaje de carro – e cheque as regras da companhia aérea para as viagens de avião e da empresa de ônibus, quanto ao transporte do animal;
     
     
  • Cuidado com água: caso o local de destino tenha piscina, fique atento para que o animal não tenha acesso a ela quando você não estiver por perto. Mesmo os pets que sabem nadar podem ter dificuldade de sair da piscina, o que pode causar afogamento. 
Pets que ficarão em hotéis ou com responsáveis  
  • Rotina: se você optar por deixar o pet em um hotel, verifique a rotina de atividades promovidas diariamente e o espaço destinado a repouso do animal. Compartilhe todas as informações referentes à rotina do pet e à sua alimentação, que só deve ser alterada no período se houver recomendação do médico veterinário;  
  • Interação com outros pets: Caso o animal fique em um local com outros animais, verifique se haverá a possibilidade de mantê-los separados para evitar algum tipo de estranhamento;
     
  • Brincadeiras: Se a escolha for deixar o pet em casa, certifique-se que o responsável por alimentá-lo diariamente também passará um tempo interagindo e brincando com o animal. Isso é importante para que o pet não entre em um quadro depressivo.


sexta-feira, 29 de junho de 2018

Bronquiolite, a doença que acomete bebês no inverno



O inverno chegou trazendo, junto de temperaturas mais baixas e ar mais seco, algumas doenças características da estação. Entre elas, a bronquiolite, uma infecção viral que acomete crianças de até dois anos de idade e é caracterizada pela inflamação dos brônquios, parte final do pulmão.

Com sintomas bem parecidos com uma gripe, a doença é, na verdade, decorrente de um resfriado: tosse, coriza, espirros e obstrução da respiração estão entre seus sintomas. O que diferencia a bronquiolite é o “chiado” que pode ser escutado, proveniente de um quadro respiratório viral. Os sintomas podem ser acompanhados ou não de febre e a bronquiolite é a evolução desse quadro, que acontece de quatro a sete dias.

A maioria dos casos, cerca de 80%, é causada pelo vírus VRS – vírus sincicial respiratório. Os demais casos são consequências de outros vírus, como influenza, por exemplo. O tratamento é simples, mas deve ser levado à risca para efetivo resultado.

Segundo a alergista Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D'Or, a principal indicação é a lavagem do nariz com soro fisiológico, de 5 a 7 dias, tempo médio de duração da infecção. Também pode ser utilizada nebulização. Porém, há situações em que o quadro se prolonga por até 21 dias. A forma de tratar depende da intensidade e idade do bebê, mas a princípio não existe indicação de antibiótico. “Se a família perceber outros sintomas, como dificuldade na amamentação, aceleração da respiração, chiado audível, vômitos, sonolência excessiva e pele arroxeada é importante levar a criança imediatamente para avaliação na emergência”, explica ela.

A doença é contagiosa e a lavagem de mãos é a principal forma para se impedir o contágio. Também é importante evitar aglomerações neste período de inverno e manter as crianças com a vacinação em dia, apesar de não existir uma vacina contra o VRS.

As crianças que fazem parte do chamado “grupo de risco” têm mais chances de desenvolver a bronquiolite. Dentre elas estão: prematuras, cardiopatas, neuropatas, com pesos menores que 1,250 kg, crianças com menos acesso à saúde e portadores de HIV.

“Um importante fator de proteção contra a doença é a amamentação”, conclui a especialista.


quarta-feira, 27 de junho de 2018

Pele saudável, bonita e viçosa por toda a vida



Muitas pessoas acreditam que os cuidados com a pele devem ser tomados somente ao envelhecer ou quando ela começar a apresentar sinais, manchas ou linhas de expressão. Mas não. Segundo a dermatologista e cirurgiã dermatológica Monisa Nóbrega, é o contrário: a rotina de cuidados e o tratamento preventivo vão definir como será sua pele no futuro. Portanto, é importante ressaltar que as consultas regulares com um dermatologista são cruciais para a avaliação cuidadosa da pele e indicação do plano de tratamento mais adequado.

Confira cinco dicas da médica sobre procedimentos que vão ajudar a manter uma pele saudável, bonita e viçosa:

Higienização e hidratação
A higienização deve ser feita duas vezes ao dia – manhã e noite - com sabonetes específicos para cada tipo de pele, recomendados pelo seu dermatologista. Além disso, o uso de tônicos e águas micelares ajudam a remover algumas impurezas que os sabonetes podem ter deixado durante a limpeza.
Uma boa hidratação da pele mantem o viço e a integridade das camadas de proteção, evitando ressecamentos, irritações, envelhecimento precoce e doenças infecciosas. O consumo diário de, no mínimo, 2 litros de água, contribuem bastante para a hidratação. Além, claro, dos produtos hidratantes associados a antioxidantes para cada tipo de pele que deve ser indicado por um dermatologista.

Uso do filtro solar
Cuidado com a exposição ao sol! A radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e os raios solares penetram profundamente na pele, podendo trazer efeitos bem nocivos como, por exemplo, o envelhecimento cutâneo, os tumores benignos (não cancerosos) e os malígnos (carci noma basocelular, espinocelular e o melanoma).
Qualquer que seja a estação, faça chuva ou faça sol, é extremamente necessário o uso diário do filtro solar, ajudando a manter a proteção e a saúde de nossa pele que é exposta sempre aos efeitos dos raios solares.
Os produtos com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior, são recomendados para uso diário e também quando houver exposição mais longa ao sol. O fotoprotetor protege contra os raios UVA (indicado pelo PPD) e contra os raios UVB (indicado pelo FPS). É importante que seja aplicado 30 minutos antes da exposição solar, para que a pele o absorva. Deve ser distribuído uniformemente em todas as partes de corpo, incluindo mãos, orelhas, nuca e pés e reaplicado a cada duas horas. Se houver muita transpiração ou contato com água, a reaplicação deverá ser com uma frequência maior.

Alimentação saudável
Uma pele viçosa e hidratada também é resultado de uma alimentação saudável. Ou seja, a sua pele é, também, o que você come. Os nutrientes que estão presentes nos alimentos vão compondo e fortalecendo toda a estruturação do tecido cutâneo. Portanto, se a alimentação não é saudável, a pele também será prejudicada.
Os alimentos considerados mais leves e ricos em fibras como, por exemplo, vegetais crus, frutas, legumes, leite e derivados magros, são os mais indicados. Além de possuírem importantes vitaminas e minerais que neutralizam radicais livres, contém fibras que melhoram o funcionamento do corpo como um todo.

Peelings
Peeling é o processo dermatológico em que há a destruição - seja com o uso de um produto químico, físico ou laser - de parte ou de toda a epiderme, levando à esfoliação e remoção de lesões superficiais, seguida pela formação de um novo tecido acompanhado da estimulação e produção de colágeno.
Dessa forma, os peelings são indicados para tratamentos de rejuvenescimento, manchas na pele, cicatrizes de acne, flacidez, entre outros problemas de pele. O resultado do tratamento varia conforme a profundidade do procedimento realizado.

Toxina botulínica
A toxina botulínica é bastante utilizada em tratamentos estéticos - que só podem ser feitos por profissionais médicos especializados como os dermatologistas - indicados para suavizar as rugas e linhas de expressão do rosto, como, por exemplo, as da testa, a glabela (espaço entre as sobrancelhas) e as que se formam na região dos olhos - muito conhecidas como "pés de galinha".
Essas rugas aparecem devido ao envelhecimento facial, que ocorre por diversos motivos: idade, exposição solar inadequada, má alimentação, tabagismo, entre outros. Mas, o fator imprescindível para seu aparecimento é a contração natural dos músculos do rosto, que formam as chamadas linhas de expressão.
Quando é injetado nessas rugas, a toxina botulinica bloqueia, temporariamente, a transmissão de estímulos dos neurônios para os músculos, impedindo, parcial ou totalmente, a contração muscular.
No caso das linhas de expressão, o benefício se dá de duas maneiras:
1 - De forma preventiva: como a contração muscular é paralisada, não haverá a formação de rugas pela movimentação muscular na área em que foi aplicado o botox.
2 - De forma reparativa: como o botox tira a tensão da musculatura, as rugas causadas por esses músculos são amenizadas.


segunda-feira, 25 de junho de 2018

Aprenda a prevenir as doenças de inverno



Em tempos de baixas temperaturas, diversas doenças passam a atingir o organismo. Com o frio, a tendência da maioria das pessoas é fechar portas e janelas, e é assim - em locais fechados e cheios de gente - que vírus e bactérias se espalham e provocam os sintomas que todos conhecem: coriza, obstrução nasal, diminuição do olfato e da gustação, nariz entupido, rouquidão, febre e dores pelo corpo.  

O sistema respiratório é o principal alvo desses problemas, que merecem ser remediados o quanto antes para evitar complicações. As "doenças de inverno" possuem sintomas muito semelhantes e diferenciar uma gripe de um resfriado, ou até mesmo de uma sinusite, rinite ou meningite, não é fácil, mas é imprescindível para tratá-las de forma adequada, sempre seguindo as orientações de um profissional médico.

O resfriado é uma infecção causada pelo rinovírus e acomete principalmente nariz e garganta. Sua transmissão é feita pelo contato com outras pessoas via tosse, espirro, a própria fala ou até objetos contaminados. "Não há remédio específico para os vírus do resfriado. Os medicamentos usados são os analgésicos e antipiréticos. A recomendação é manter uma alimentação saudável, boa hidratação, evitar bebidas alcoólicas e permanecer em repouso relativo", afirma o vice-diretor clínico do Hospital e Maternidade São Cristóvão, dr. Hélcio Valério Passos.

Já a gripe é um problema respiratório causado pelo vírus influenza. Ao contrário do que muita gente pensa, não tem nada a ver com o resfriado. Para identificar a gripe, basta prestar atenção nos seguintes sintomas: febre alta, tosse, secreção nasal, dor de garganta, dores pelo corpo e cansaço físico. "Para o tratamento, são adotados remédios que atenuam os sintomas, como os antitérmicos e os analgésicos", completa o profissional. Depois de avaliar o caso, o médico pode receitar apenas repouso ou recorrer também a antivirais, cuja função é justamente exterminar o influenza.

Para prevenir, o importante é lavar sempre muito bem as mãos, evitar o contato com pessoas com sintomas da gripe e, se possível, não frequentar locais fechados e cheios de gente. "A vacina é a mais importante prevenção da gripe, principalmente nos grupos de risco como idosos, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos de idade, diabéticos e portadores de doenças pulmonares crônicas. Ela ensina o sistema imune a criar um pelotão atento, capaz de desmobilizar o ataque do influenza", alerta o dr. Hélcio.

Não havendo um tratamento adequado, os resfriados e gripes podem complicar evoluindo para sinusite (inflamação dos seios da face) de causa infecciosa. Sinusites infecciosas podem ser causadas por diferentes tipos de germes, algumas por bactérias, outras por vírus. As sinusites virais, assim como os resfriados e gripes, têm sintomas leves e não requerem o uso de antibióticos. Já as sinusites causadas por bactérias têm sintomas mais intensos, como dor na face, febre em torno de 38 - 38,5 graus, tosse que piora ao deitar e secreção nasal. "Nesses casos, os medicamentos indicados são sintomáticos, mucolíticos, e nos casos de complicação por contaminação bacteriana está indicado o tratamento com antibioticoterapia", completa o médico.

Para quem sofre de asma e rinite em todas as estações no ano, no inverno é preciso dobrar os cuidados, pois essas patologias podem se agravar devido à baixa umidade relativa do ar, comum nesta estação. Segundo o clínico geral do Hospital São Cristóvão, as medidas preventivas são se manter bem agasalhado e umidificar o ambiente.

Além das doenças supracitadas, as mais preocupantes são as meningites - doença infecciosa causada por vários tipos de germes (vírus, bactérias e fungos) que acometem as membranas do sistema nervoso - e as pneumonias - infecção ou inflamação dos pulmões, que podem ser causada por vários microrganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos. Como prevenção, devem-se evitar grandes aglomerações e ambientes fechados. "Medidas como lavar sempre as mãos, evitar colocá-las na boca, nariz e olhos, além de utilizar sempre lenço de papel ao espirrar ou tossir são essenciais para a prevenção dessas doenças", finaliza o médico.


sexta-feira, 22 de junho de 2018



A endometriose é uma doença que atinge cerca de 7 milhões de mulheres só no Brasil e, segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), mais de 60% das mulheres desconhecem seus sintomas.

O endométrio é uma camada que reveste a parede interna do útero. Quando não há fecundação, boa parte das células desse tecido são eliminadas na menstruação. Nos casos de endometriose o sangue não é totalmente eliminado, as células, em vez de serem expelidas, migram no sentido oposto, podendo atingir outros órgãos como bexiga e intestino.

Os sintomas mais comuns são as dores na época da menstruação, por isso a dificuldade do diagnóstico, pois muitas vezes a doença é confundida com as cólicas menstruais que acontecem na adolescência, sem causa orgânica. A endometriose além de impactar diretamente na qualidade de vida das mulheres – principalmente jovens que estão em idade fértil – pode dificultar os planos de quem deseja engravidar.

O ginecologista e responsável técnico do Serviço de Endometriose do Hospital Santa Catarina (SP), professor doutor Alexander Kopelman, alerta que "quanto antes for realizado o diagnóstico, maiores serão as chances de evitar as formas graves da doença. Para atingir este objetivo recomenda exame de toque, história clínica minuciosa da paciente, ressonância magnética e/ou exame de ultrassom endovaginal especializado".

A doença está ligada diretamente à dor e a infertilidade, fatores que podem mexer com o emocional. Segundo o especialista, "contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar que envolva psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e acupunturista especializados no tema pode potencializar as chances de sucesso no tratamento".

Os sintomas além das cólicas menstruais
Além das fortes cólicas menstruais, outros sinais podem indiciar a presença da endometriose. Entre eles, o médico destaca três principais sintomas:
  • Incômodo durante as relações sexuais: a endometriose pode causar fortes dores no momento da penetração, por se localizar, muitas vezes, no fundo da vagina. Por isso, qualquer dor que atrapalhe a relação sexual, dever ser investigada.
  • Dores além do período menstrual: com o avanço da doença, a mulher passa a sentir dores em todo o ciclo, e não mais apenas na região do útero, dependendo do foco da endometriose, as dores podem atingir toda a pelve, a lombar e o intestino.
  • Problemas no banheiro: há mulheres que apresentam diarreia e sangramento ao urinar. Em mulheres com endometriose mais agressiva, a doença pode atingir o intestino, levando, por vezes, a sangramento nas fezes.
Existe algum tipo de prevenção?
"Até o momento nenhum estudo encontrou um método eficiente de prevenir o aparecimento e crescimento da doença", conclui o dr. Kopelman. "Algumas evidências sugerem que as pílulas podem trazer este efeito."