Os
linfomas compreendem mais de 100 cânceres diferentes que afetam o sistema
imunológico. De forma geral, ele pode se dividir em linfoma de Hodgkin (LH) e
linfomas não-Hodgkin (LNH), que por sua vez possuem outros subtipos. O linfoma
de Hodgkin afeta igualmente dois grupos populacionais: pacientes ao redor dos
20 anos e entre 50 e 60 anos. Já o LNH é o tipo mais incidente na infância e
faz cerca de 10.180 novos casos por ano, de acordo com dados do Instituto
Nacional de câncer (INCA).
Em ambos
os tipos, os gânglios do sistema linfático são prejudicados, dificultando o
combate às infecções, porém a maior diferença entre eles são as características
das células cancerígenas. Apenas com uma biópsia e análise das células que é
possível determinar qual o estágio e tipo do linfoma.
Ainda não
há uma causa esclarecida para grande parte deles. Alguns são associados a
infecções virais ou imunossupressão. Segundo o Dr. Bernardo Garincochea,
oncologista e hematologista do Centro
Paulista de Oncologia (CPO) – unidade de São Paulo do Grupo Oncoclínicas,
apesar do desconhecimento do que causa a neoplasia, a detecção precoce da
doença é fundamental para o tratamento rápido.
O tumor
costuma se desenvolver nas ínguas que se encontram nas axilas, na virilha e/ou
no pescoço, por isso, um dos principais sintomas é o aumento destes gânglios
linfáticos. Além disso, pode ocorrer dor abdominal, perda de peso, fadiga,
coceira no corpo, febre.
O
tratamento mais indicado vai depender de cada subtipo específico, mas
usualmente consiste em quimioterapia, radioterapia ou a combinação de ambas as
técnicas. Em certos casos, as terapias alvo-moleculares, que atacam uma
molécula da superfície do linfócito doente, podem ser indicadas.
"Linfomas
estão entre os cânceres humanos com maior desenvolvido em medicamentos novos.
Drogas-alvo que funcionam como mísseis teleguiados são promessa de substituir a
quimioterapia em um futuro muito próximo, incluindo aí drogas orais",
finaliza o especializa.
A boa
notícia é o fato dos linfomas terem alto potencial curativo e as chances de
remissão em pacientes com linfomas de Hodgkin chega a superar 80% dos casos
quando o diagnóstico acontece ainda no estágio inicial, enquanto os não-Hodgkin
de baixo-grau (não agressivos) têm altas taxas de sobrevida, superando a marca
de 10 anos.
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