Além da proteção contra o meningococo C, existente no calendário público
de vacinação, essa vacina, por ser quadrivalente, protege ainda contra
outros três grupos de meningococo, o A,W e Y.
A doença meningocócica pode matar em apenas 24 horas, sendo que as
pessoas que sobrevivem podem carregar sequelas como perda da audição, danos
cerebrais e renais, amputações, problemas do sistema nervoso ou cicatrizes
profundas decorrentes de enxertos cutâneos.
A doença é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem
o cérebro e a medula espinhal. As meningites bacterianas, que são as que podem
ser prevenidas por vacina, são as mais perigosas do ponto de vista da saúde
pública, devido à sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos e, ainda pela
gravidade dos casos.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, são mais de
dois mil casos por ano desde 2010 e 243 óbitos somente em 2016, de acordo com
dados epidemiológicos de abril de 2017 do Ministério da Saúde. Deste modo,
casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de
surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais
comum no inverno e, das virais, no verão.
Compromisso com saúde pública
Em 1974, a Pasteur Mérieux – empresa francesa que deu origem à Sanofi
Pasteur - respondeu ao apelo das autoridades de saúde brasileiras para ajudar a
controlar um surto de meningite que estava afligindo o país, causando até então
mais de quatro mil mortes, só no estado de São Paulo. O laboratório
identificou os sorotipos A e C como principais causadores do surto. Em esforço
conjunto com o governo brasileiro, a vacina meningocócica A + C foi registrada
e mobilizou 10 milhões de habitantes de São Paulo, em cinco dias para
vaciná-los. Em seis meses, 90 milhões de brasileiros foram vacinados em todo o
país, pondo fim à epidemia.
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