Com casos recorde desde 2008 na cidade
de São Paulo, a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
(SBMFC) orienta a população sobre o que é a caxumba, transmissão e a prevenção.
“A caxumba é
uma infecção causada por um vírus que causa inchaço das glândulas que produzem
saliva (parótidas), que se localizam na frente das orelhas, logo acima da
mandíbula. Quando infectadas, algumas pessoas sequer desenvolvem sintomas. Na
maioria das vezes, entretanto, podem apresentar febre, mal-estar, cansaço, dor
no corpo, dor de cabeça e diminuição do apetite. Em geral após dois dias do
início dos sintomas é que começa a ocorrer o característico inchaço das glândulas
parótidas”, explica Guilherme Bruno de Lima Júnior, médico de família e
comunidade, membro da SBMFC.
Prevenção
A prevenção
depende do diagnóstico precoce da doença na pessoa infectada, que deve
permanecer isolada em casa por cinco dias do início dos sintomas. Ainda há a
vacinação com a tríplice viral, antigamente conhecida como “MMR”. As
pessoas que não receberam a vacina ou que receberam apenas uma dose e que
tiveram contato com a pessoa doente, devem receber dose extra. Se a pessoa
tiver dúvidas quanto a isto, deve procurar seu médico para saber se deve
receber esse reforço.
Transmissão
A transmissão
é realizada por meio de gotículas da respiração, contato direto ou com as
roupas da pessoa contaminada. Depois de ficar exposta a um doente e ser
infectada, os sintomas se iniciam após um período de 14 a 18
dias. A doença melhora espontaneamente em cerca de duas semanas. Raramente,
pode provocar outras complicações mais sérias como inflamação dos testículos
nos homens, ou dos ovários nas mulheres, podendo acarretar até infertilidade.
Em casos mais raros ainda podem até causa infecções no cérebro e surdez.
Tratamento
Guilherme
explica que não há tratamento específico para a doença. “Calor local sobre a
área inchada por 10 a 15 minutos várias vezes ao dia ajuda a diminuir a dor,
que também pode ser aliviada com analgésicos comuns, além da febre. Deve-se
evitar a aspirina em menores de 18 anos. A pessoa deve permanecer em repouso
durante o tratamento. Raramente nos casos mais graves, a pessoa deve ser
hospitalizada. Quando estiver doente, se possível, a pessoa deve entrar
primeiro em contato por telefone com o serviço de saúde, ou ser visitada em
domicílio, para evitar contato com outras pessoas e espalhar a infecção”,
explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário