Estrutura,
alimentação, educadores e método de ensino, são tantas as dúvidas quando o
assunto é o primeiro contato da criança com o universo da educação. Mas, o que
as mamães devem levar em consideração ao escolher do berçário do bebê à
escolinha da criança? A pediatra Wylma Hossaka, da Beneficência Portuguesa de
São Paulo, selecionou os principais pontos de atenção que os pais devem ter
quando chega a hora do seu bebê ir para a escolinha.
Observe se a infraestrutura é segura e se não há superlotação
“Umas das
questões que prezo ao orientar sobre a busca de uma escolinha para os filhos é
que observem o número de educadores/berçaristas por crianças. Também é
importante levar em consideração a estrutura do lugar”, diz a médica. As
crianças precisam de um ambiente confortável, separado por faixas etárias e
espaços exclusivos para aprender, brincar, se alimentar e tirar a soneca, que
sejam obviamente limpos. A segurança da criança também é primordial. “Por isso,
veja se os banheiros são adaptados para os pequenos, e se pela escolinha não
têm quinas vivas. Os brinquedos também devem ser seguros”, ressalta.
Escolinha arejada e ensolarada A primeira
infância é o período onde as crianças estão muito susceptíveis a infecções.
Elas praticamente ainda não conheceram nenhum vírus, por isso é importante que
façam suas atividades em espaços arejados. Lugares abertos diminuem o risco da
transmissibilidade de doenças. “Além disso, é imprescindível que tomem
diariamente sol, fonte de vitamina D”, alerta a pediatra.
Espaços para diversão
Na
infância, as crianças têm muita energia e esta primeira fase é a das
descobertas. Estão iniciando a engatinhar, andar, correr, subir. Elas precisam
se exercitar para terem a habilidade completada e não podem ficar restritas aos
ambientes pequenos.
Alimentação precisa ser fresquinha e bem condicionada
A
alimentação deve ser devidamente condicionada em potes de vidro e refrigerada
até a hora do consumo. Fora isso, por legislação, as escolas devem ter uma
nutricionista que assinem o cardápio. “Eu oriento os pais a uma vez por mês
chegarem na hora da refeição e observarem se o que estão servindo é o mesmo
oferecido no cardápio. O mais importante é que a comida seja fresquinha e que
seja adequada com o balanço nutricional para a idade”, orienta a dra. Wylma .
Afeto, componente mais importante
Segundo
a médica, todos os funcionários têm que ser capacitados e gostar de fazer suas
funções, isso é básico. Ainda, precisa-se criar uma relação de confiança entre
escolinha e os pais. “Você confia aquilo de mais precioso: seu filho. A criança
precisa de um ambiente seguro, mas a gente precisa de um ingrediente
importantíssimo para a criança se desenvolver que é o afeto”, diz ela.
O que queremos para os nossos filhos?
Antes
de os pais escolherem um berçário, eles precisam refletir o que querem para os
seus filhos. “Quais são as expectativas na base cultural e a formação que eles
vão ter? A escola tem que ir ao encontro da expectativa da família”, explica a
pediatra. Cada escolinha tem a sua particularidade, e o que é bom para
uma não é boa para outra, mas de forma geral, é preciso ter um acompanhamento
com pedagogo ou psicopedagogo, para que essas crianças tenham um bom
desenvolvimento, mas não podem esquecer que são crianças e precisam brincar.
“Não podemos perder o contexto da infância”, finaliza a dra. Wylma.