Um exame simples realizado em
laboratório de análises clínicas para medir o nível de glicose no sangue,
chamada glicemia (aleatória ou de jejum), é uma das mais importantes
armas para diagnosticar o diabetes mellitus.
Caso se detecte valores fora dos padrões, é sinal de que o paciente está
pré-diabético ou com diabetes.
O teste
da glicemia capilar feito a partir de uma gota de sangue tirada da ponta
de dedo, muito comum em mutirões ou em serviços de pronto atendimento, é um procedimento ainda
mais simples e permite medir instantaneamente o nível de glicose no sangue.
Diabetes é uma
doença crônica, que não tem cura, mas que pode ser controlada por meio de
medicamentos, alimentação balanceada e atividade física. Por isso, o
acompanhamento médico e a realização de exames periódicos – principalmente para
quem tem histórico familiar da doença ou apresenta excesso de peso – são
fundamentais para um diagnóstico precoce e tratamento adequado desde o início,
visando a prevenção das complicações.
Não controlado
e em estado avançado, o diabetes pode levar à cegueira, acidente vascular
cerebral (AVC), infarto do miocárdio, insuficiência renal e à amputação de
membros. Os adultos com diabetes têm risco de morte 1,5 vez maior que os demais
na mesma faixa etária. “A prevenção é fundamental”, diz Vivian Estefan,
endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. Segundo ela, além
do risco de morte provocado pela doença, o seu impacto na qualidade de vida dos
pacientes é enorme em
função de todas as possíveis complicações.
Existem dois
tipos de diabetes: tipo 1, que aparece normalmente na infância ou adolescência,
em função de uma falha do sistema imunológico, que passa a entender a insulina
como uma ameaça ao organismo e destrói as células que produzem o hormônio,
originando uma deficiência total deste.
A tipo 2 (que
corresponde a cerca de 90% dos casos), também chamada de familiar ou hereditário,
aparece em geral após os 40 anos, em decorrência de obesidade, da falta de
hábitos saudáveis de alimentação e sedentarismo. Neste
caso, a produção de insulina encontra-se aumentada, porém existe uma
resistência do organismo à sua ação.
De acordo com
a especialista, há um aumento acelerado na incidência do diabetes tipo 2
na maioria dos países do mundo, inclusive no Brasil, devido principalmente ao
estilo de vida pouco saudável e ao envelhecimento da população. Segundo dados
IBGE de 2013, 6,2% da população com 18 anos ou mais tinham diabetes
diagnosticada.