As hérnias
inguinais - que ocorrem na região da virilha - têm alta prevalência na
população, correspondendo a 75% de todas as hérnias da parede abdominal, de
acordo com a Sociedade Brasileira de Hérnia. Tratam-se de aberturas na parede
muscular que permitem a passagem de porção de um órgão ou de gordura através
dela.
Estima-se que 20% dos homens vão apresentar a alteração em algum momento da
vida, assim como 3% das mulheres. Segundo Christiano Claus, cirurgião e
presidente da SBH, a alteração aparece em uma área de fragilidade, na zona de
junção entre a coxa e a parte inferior do abdômen, onde existe uma abertura
natural por onde passam os vasos e nervos para os testículos, a transformando
em uma área mais frágil. Hérnias grandes ou volumosas podem descer em
direção aos testículos e são chamadas de hérnia inguinoescrotal.
O vice-presidente da SBH, dr. Marcelo Furtado, explica que os pacientes podem nascer com a hérnia ou desenvolver a alteração ao longo da vida "Existe a hérnia congênita, que é presente desde o nascimento, mas só se manifesta na idade adulta, com a fraqueza da musculatura. Em outros casos, os pacientes desenvolvem a hérnia ao longo da vida", explica. Dificuldade para urinar e defecar, tosse e esforço físico podem desencadear o aparecimento da hérnia inguinal, que provoca dor e desconforto ao paciente.
A única forma de tratamento para as hérnias é a cirurgia. "Como é uma
abertura na musculatura não há outra forma de fechar esse espaço sem ser com
cirurgia, a sutura dos tecidos. Também utilizamos uma prótese, no formato de
tela, para evitar a recidiva do problema", afirma o dr. Gustavo Soares,
diretor da SBH.