O conceito atual de moda e boa forma
influencia um grande número de pessoas a adotarem comportamentos de risco como
dietas restritivas e desequilibradas a fim de alcançar esse padrão de beleza.
Elas utilizam métodos compensatórios, atividade física excessiva e relação
inadequada com alimento e o corpo. As professoras dos cursos de Nutrição e
Psicologia da Universidade de Franca (UNIFRAN) uniram-se para explicar um pouco
mais sobre os transtornos alimentares que afetam diversos indivíduos que estão
em busca do corpo perfeito ou de uma aceitação.
Os principais
transtornos alimentares que afetam a sociedade são a anorexia nervosa e a
bulimia nervosa tendo como característica principal a distorção da imagem
corporal, perda excessiva de peso e preocupação constante com o ganho de peso.
As causas ligadas ao transtorno alimentar envolvem muitos fatores. “Pode-se
pensar sobre fatores biológicos, psicológicos, familiares, sociais e culturais
que estejam envolvidas nas causas possíveis para a doença”, explica a
coordenadora do curso de Psicologia Teresa Cristina Martins Leite Imada.
Segundo ela, a
anorexia é identificada a partir da restrição à alimentação, de uma perda de
peso acentuada, distorção da imagem corporal, excesso de preocupação pelo ganho
de peso, excesso na prática de exercício físico. Já a bulimia, a partir da
perda de controle sobre a ingestão de alimentos, caracterizando comportamento
compulsivo e posteriormente um método compensatório, como vômito, uso excessivo
de laxante, exercício físico excessivo, peso normal, porém excesso de
preocupação pelo medo de engordar.
Os familiares
e amigos devem estar atentos aos comportamentos destes pacientes, pois é de
extrema importância que eles recebam orientações de profissionais. As pessoas
próximas a esta pessoa adoecida têm papel muito importante na evolução positiva
do tratamento.
Independentemente
do tipo de transtorno alimentar, o paciente deve ser incentivado a se alimentar
de forma saudável, equilibrada e a reintrodução dos alimentos deve ser
realizada de forma gradual. “O mais importante é trabalhar a relação do
paciente com o alimento, pois é comum apresentar sentimentos de raiva, culpa,
mitos, entre outros”, ressalta a professora do curso de Nutrição, Marina
Manochio.