Cerca
de 200 milhões de mulheres sofrem com a doença no mundo, de acordo com
International Osteoporosis Foundation (IOF) e no Brasil, são 10 milhões de
pessoas atingidas por esse problema (dados ABRASSO 2017). Levando em conta que
o país tinha 28 milhões de idosos em 2016, ou 13,5% do total da população, e
que em dez anos, chegará a 38,5 milhões, 17,4% do total de habitantes, segundo
o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), focar no esclarecimento público sobre a osteoporose é
urgente e essencial.
A
causa da doença é a diminuição da absorção de minerais e de cálcio, que provoca
a fragilização dos ossos e aumenta o risco de fraturas. Nos homens, a partir
dos 65 anos, o envelhecimento se acentua e eles podem ficar mais propensos à
doença. Nas mulheres, depois dos 50 anos é um período crítico, pois além do
envelhecimento, esta fase está associada à pós-menopausa, quando naturalmente a
mulher já tem perda de osso. Numa dieta pobre em cálcio, esse desfalque é mais
acentuado, portanto, a osteoporose chega com mais velocidade. Ocorre também que
muitos
casos de osteoporose são genéticos, decorrem de uma herança familiar de baixa
massa óssea e isto é um fator não modificável.
“A
osteoporose, muitas vezes, só fica evidente quando acontece a fratura, de forma
espontânea ou causada por um impacto. Quando há dor, é devido ao local
lesionado ou ao desgaste ósseo. Como a osteoporose é uma doença assintomática, até o momento da
fratura, é necessário que o paciente faça alguns exames para detectá-la. O
exame mais importante é a densitometria óssea, que mede a densidade do osso, o
quanto tem de cálcio naquele osso. Quando esta densidade está muito baixa,
caracteriza-se a osteoporose, e há o maior risco de fratura. Para a mulher, na
menopausa (que é a última menstruação) é a hora de se fazer o exame. No homem,
como a doença acontece mais tardiamente, a densitometria é indicada a partir
dos 70 anos de idade”, alerta a médica endocrinologista dra. Marise Lazaretti Castro,
presidente da ABRASSO.
A
entidade recomenda o consumo diário de cálcio em 1.200mg, para a faixa etária
dos 51 aos 70 anos e também acima dos 70 anos. Já a vitamina D suficiente no
organismo é mais uma forma de prevenir a osteoporose. “A vitamina D vem do sol,
então, a gente tem de tomar sol, de dez a quinze minutos ao dia, para ter um
aporte razoável de Vitamina D, importante para absorver o cálcio no organismo”,
ressalta a dra Marise.
Em
relação aos níveis de cálcio, a ABRASSO está à frente da Campanha Quanto Cálcio,
onde disponibiliza uma tabela nutricional online, para todas as faixas etárias,
para facilitar o cálculo de ingestão de cálcio, de acordo com o consumo diário
e individual dos alimentos que contém esse mineral. Tem cerca de 210 produtos,
entre leites, iogurtes, leite fermentado, queijos e outros (como sucos,
requeijão, achocolatados e demais). O acesso é em http://abrasso.org.br/abrasso-lanca-a-campanha-quanto-calcio.
Segundo a Dra. Marise, o leite e derivados são as principais fontes de cálcio para o organismo. O
cálcio é o principal nutriente do esqueleto, e sua ingestão inadequada pode
contribuir para redução da massa óssea. Além disso, o leite tem outras
vitaminas (complexo B, vitamina C, A) e minerais (fósforo, potássio, magnésio)
essenciais à saúde.
A alimentação
adequada, os medicamentos, os suplementos e a atividade física são importantes
fatores para o tratamento e a melhoria do quadro de osteoporose. “Quando a
pessoa não pode consumir laticínios durante a primeira infância e adolescência,
especialmente, têm que ter suplementação, a complementação com cálcio
medicamentoso, porque senão a criança vai ter consequências sérias em relação
ao esqueleto que está se formando. Para os idosos, a combinação dos fatores de
tratamento pode aumentar a qualidade e expectativa de vida e diminuir o
sofrimento”, conclui a dra Marise.
A
ABRASSO tem um intenso trabalho de conscientização sobre osteoporose. Conheça
mais visitando www.abrasso.org.br