Páscoa chegou e, com
ela, os chocolates. Apesar de serem tentadores, os produtos devem ser
consumidos com moderação. É o que alerta o cardiologista Everton Dombeck, do
Hospital Cardiológico Costantini, em Curitiba. “O chocolate ingerido de forma
desenfreada é prejudicial. Por isso, o equilíbrio é ainda a palavra chave”,
ressalta o médico.
Em
longo prazo, além de colaborar para a obesidade, o produto também pode
contribuir na elevação da taxa de colesterol e triglicerídeos, fatores de risco
que trazem problemas ao coração devido ao depósito de gordura nas artérias.
Segundo o profissional, mesmo que algumas pesquisas indiquem o chocolate como
benéfico à saúde, é importante ter consciência de que estudos não devem ser
interpretados como um sinal verde para os chocólatras de plantão. “Mesmo que o
chocolate tenha propriedades benéficas, o seu uso irrestrito pode provocar
sérios danos futuramente”, afirma.
O
cardiologista também faz um alerta com relação às versões diet. “O que mais
vemos no consultório é o paciente achar que só porque é isento de açúcar pode
ser ingerido à vontade”, conta. Embora não seja açucarado, o chocolate diet
possui, na maioria das vezes, mais gordura que o tradicional. A recomendação é
válida também para o amargo, que apesar de possuir propriedades antioxidantes,
tem teor de gordura elevado.
Outro
cuidado que deve ser levado em consideração são as restrições ao produto dentro
da família. “Na casa onde tem diabéticos, principalmente crianças, o comportamento
tem que ser mudado na família como um todo”, lembra o especialista.