A
meditação vem ganhando uma importância muito grande na vida das pessoas que buscam
um alívio para o estresse, para os problemas e para a dor constante da vida.
Por isso, os cientistas vêm tentando entender o que essa prática traz de
benefícios do ponto de vista científico e neurológico e por que promove tantas
mudanças positivas nas vidas dos praticantes.
Estudos
mostram que a meditação auxilia em diversos pontos na saúde e na qualidade das
relações familiares e profissionais. Não é à toa que o meio corporativo também
vem aderindo à prática como tentativa de solução para aumentar a produtividade,
o relacionamento entre funcionários, a qualidade de vida, despertar situações
mais criativas e melhorar a articulação mental.
Pessoas
que praticam meditação há mais tempo e com regularidade são mais alegres,
confiantes, tranquilas e estáveis emocionalmente. Ela modifica áreas de ação do
cérebro, controlando a atividade na região do córtex pré-frontal, que é
responsável pelo pensamento consciente, articulação, criatividade e visão
estratégica, fazendo com que as pessoas vivam mais o presente e atuem de forma
consciente e criativa.
"O cérebro tem uma grande capacidade, que há
algumas décadas ainda não tínhamos conhecimento, chamada neuroplasticidade.
Através dela, ele pode se modificar estruturalmente e funcionalmente mediante
estímulos, criando novas sinapses e aumentando o número de neurônios. Portanto,
a ideia antiga de que os neurônios, uma vez destruídos, não tinham mais jeito,
não é verdade ", diz o dr. Fabio Gabas, médico clínico, neurocientista e
idealizador da medicina do BEIN (medicina do bem-estar integral).
A
meditação ajuda a estimular as áreas ligadas à atenção, criatividade, memória e
velocidade de processamento. Sendo assim, esse estímulo reduz a perda de massa
encefálica que as pessoas sofrem com o tempo. Por ter um papel importante no
equilíbrio do sistema nervoso autônomo, que é controlador de mais de 90% das
funções orgânicas, ajuda, também, na redução da pressão arterial, melhora nos
níveis de açúcar no sangue, na fadiga, nas dores crônicas e na digestão; evita
doenças da pele e cura depressão moderada.
"Não são os fatos que geram estresse, é a forma
com a qual os enxergamos. O cérebro no automático, sem estímulo, age de forma
primitiva, condicionado à sobrevivência. A meditação transfere a atividade para
áreas cerebrais mais nobres que trazem uma visão mais otimista da vida,
gerando, consequentemente, todos esses benefícios para os seres humanos",
complementa o dr. Fabio.
Outra
questão importante, visto como um problema mundial nos dias de hoje, é a falta
de atenção. Segundo o cientista cognitivo Herbert Simon, a riqueza de
informações é igual a pobreza de atenção. Ou seja, a quantidade de informações
e a facilidade de acesso a elas permite com que as pessoas se distraiam
facilmente e com que a mente divague, atrapalhando a atenção para a solução dos
problemas e a boa performance em tarefas. Estudos da Universidade de Stanford,
na Calofórnia, Estados Unidos, mostram que em poucas horas de prática da
meditação, já é possível ter um estado de melhor atenção às tarefas que estão
sendo realizadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário