domingo, 15 de outubro de 2023

Ambiente tranquilo pode evitar que bebês tenham pesadelos

 


Uma boa noite de sono faz a diferença não só para os adultos, como também, para os bebês. Segundo informações do Instituto do Sono, ao dormir, o organismo da criança realiza funções que garantem um crescimento saudável, como o desenvolvimento celular, a restauração da energia e a consolidação da memória. 

No entanto, quando os bebês têm pesadelos e acordam assustados durante a noite, essas funções são prejudicadas. O medo e a insegurança diante de sonhos fantasiosos e assustadores podem resultar em choros incessantes e certa resistência para voltar a dormir, impactando, também, na qualidade de sono dos pais e responsáveis. 

Segundo o Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o sono é um processo natural em que ocorre uma redução da consciência e das atividades corporais. No geral, ele é dividido em dois momentos: o sono não-REM, caracterizado por uma atividade cerebral menos intensa, e o sono REM, quando a atividade é mais intensa, resultando em sonhos e pesadelos.

Em entrevista concedida à imprensa, a neurologista responsável pelo setor de pediatria do Instituto do Sono da Unifesp, Márcia Pradella, e a psicóloga e psicopedagoga do Hospital Albert Einstein (SP), Melina Blanco Amarins explicaram que os sonhos, sejam bons ou ruins, acontece na fase do sono REM e são influenciados pelos momentos vividos pela criança ao longo do dia. 

Para evitar os pesadelos em bebês, é aconselhável a criação de um ambiente tranquilo para as horas de descanso. Estabelecer um clima agradável e investir numa decoração aconchegante com papel de parede para quarto infantil são algumas ideias que podem ajudar a diminuir os estresses noturnos das crianças.

Como aliviar os pesadelos infantis 

Segundo as especialistas Márcia Pradella e Melina Blanco Amarins, não dá para evitar que os pesadelos ocorram, mas é possível criar um ambiente confortável para que as noites sejam mais tranquilas. O espaço onde o bebê dorme deve transmitir a sensação de aconchego. 

Para isso, a decoração pode ganhar peças que minimizem ruídos, como o tapete para quarto infantil. As cores utilizadas no ambiente podem ser mais claras e neutras, e objetos decorativos podem criar uma experiência lúdica e positiva para a imaginação dos pequenos. 

A escolha dos móveis também impacta na qualidade de sono das crianças. Nos primeiros anos de vida, o berço deve garantir conforto, aconchego e segurança para o bebê. Com o passar dos anos, o quarto pode ganhar um  modelo de cama infantil que seja compatível com a idade da criança. 

Outras medidas podem ajudar a criança a ter uma noite de sono tranquila. Em entrevista à imprensa, o médico pediatra e pesquisador do Instituto do Sono, Gustavo Antonio Moreira, explicou que expor o bebê à luz natural pela manhã ajuda a regular o ritmo circadiano. 

O profissional destacou, ainda, a importância da preparação para a hora do sono. A orientação é para que os pais reduzam a exposição da criança à luz artificial, principalmente, das telas nas horas que antecedem o descanso.  

Quando é preciso buscar ajuda?

Dados divulgados pela Associação Brasileira do Sono mostram que até 30% das crianças, entre 5 e 12 anos, têm um pesadelo a cada seis meses. Embora não haja uma média considerada “normal”, especialistas alertam que a frequência desses episódios pode ser indício de outros problemas. 

Por esse motivo, quando pais e responsáveis observam a recorrência desse tipo de situação, é recomendado o auxílio de profissionais qualificados na área. Estudo publicado pela revista científica Sleep, informa que o excesso de pesadelos na infância pode estar relacionados aos distúrbios mentais. 

O suporte profissional irá ajudar no bem-estar e na qualidade do sono da criança. Em caso de diagnósticos de doenças, também contribui para o tratamento adequado.

 

sábado, 14 de outubro de 2023

10 erros que prejudicam a performance de quem quer evoluir na corrida



 Assim como em todo esporte a meta comum para todos os praticantes é evoluir e mudar de patamar na modalidade escolhida. A necessidade de superação é algo constante e é uma forma de se manter motivado. A grande recompensa por toda dedicação é finalizar a prova escolhida de maneira satisfatória e dentro do esperado, é algo prazeroso e proporciona a sensação de missão cumprida.

Completar uma corrida e não importa a quilometragem exige aptidão aeróbia, bom estado de saúde cardiovascular, ortopédico e muita determinação. “Esses são os elementos fundamentais para melhorar o desempenho e evitar lesões que podem atrapalhar a frequência e a regularidade durante o processo de treinamento. Uma dica importante é realizar uma avaliação física e clínica antes de iniciar o programa de treinamento”, orienta Douglas Popp, coordenador e professor do curso de Personal Trainer na pós-graduação da Faculdade UNIGUAÇU.

A preparação para melhorar o desempenho de corrida deve ser considerada um processo e não um único programa de treino. Essa etapa é estruturada em quatro tipos de treinamentos: 1) resistência; 2) técnica de corrida; 3) core e mobilidade e 4) força.

Existem muitos métodos e protocolos para treinar a resistência para corrida. “Em geral, os treinos podem ser divididos em contínuos e intervalados. A escolha dentre as diferentes opções deve ser personalizada, considerando as necessidades, o estado de saúde, o nível de condicionamento físico e as experiências anteriores de cada pessoa”, pontua Popp.

Um detalhe importante é a definição da intensidade, ou seja, o ritmo de corrida. Cada sessão de treino deve ser construída em determinada zona de intensidade para garantir as adaptações desejadas, bem como, a progressão controlada do treinamento. Outro ponto, é que a intensidade adequada permite completar a distância ou o tempo de corrida planejada, o que é fundamental para a melhora do condicionamento físico e do desempenho.

Nos treinos de musculação é importante enfatizar a força muscular e a resistência dos músculos do core (que atuam como estabilizadores da coluna e do quadril). O objetivo da atividade é prevenir lesões musculares, fortalecer os tendões, melhorar a estabilidade das articulações e a economia de movimento. “Nesse caso, melhorar a economia de movimento significa facilitar a contração muscular poupando energia durante a corrida. Para isso, podemos incluir treinos de musculação duas vezes por semana, escolhendo exercícios básicos para pernas e braços e utilizando um baixo número de repetições para melhorar a força”, observa Popp.

Os treinos de técnica de corrida e de mobilidade articular buscam facilitar a mecânica da corrida e melhorar a postura. Uma melhor postura e gesto técnico ajudam a poupar energia, reduzir a fadiga e minimizar o desconforto durante as provas.

Para não cair em ciladas ou se autossabotar, o profissional de Educação Física destaca os 10 erros mais comuns de corredores que buscam melhorar o desempenho de corrida sem ajuda profissional:

  1. Não realizar avaliação física e clínica de pré-participação.
  2. Acreditar que treinos exaustivos são mais eficientes.
  3. Percorrer nas sessões de treinos a mesma distância da prova.
  4. Não realizar treinos de musculação e resistência do core.
  5. Não variar o volume (distância total percorrida) entre as sessões de treinamento.
  6. Não gerenciar a recuperação entre os treinos.
  7. Não planejar e controlar a intensidade das atividades.
  8. Desprezar a influência do aquecimento adequado para o desempenho na corrida.
  9. Realizar progressões de volume precocemente ou de forma repentina.
  10. Não se preocupar com a alimentação e hidratação antes e após os treinos.

E aí, qual erro você está cometendo? Corre que ainda dá tempo de ajustar o treino e melhorar a performance.

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Campanha global incentiva público a 'Movimentar-se Contra a Trombose'


Nesta sexta-feira, 13 de outubro, é o Dia Mundial da Trombose, um esforço global estabelecido pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH, na sigla em inglês) para divulgar os fatores de riscos, sintomas, tratamento e prevenção aos coágulos sanguíneos, também conhecidos como trombos, origem do nome da doença em português. Com uma em cada quatro pessoas a morrer em todo o mundo devido às condições relacionadas aos coágulos sanguíneos, a trombose é a principal causa de mortes hospitalares evitáveis no planeta. 

O Dia Mundial da Trombose envolve mais de 5 mil organizações parceiras e indivíduos de mais de 120 países que unem forças para promover a compreensão do tratamento e prevenção de coágulos sanguíneos. No seu 10º aniversário, a campanha incentiva o público a “Movimentar-se Contra a Trombose”, uma vez que movimentos simples, incluindo caminhar e alongar-se, podem aumentar o fluxo sanguíneo e ajudar a reduzir o potencial de formação de trombos. 

A trombose pode se desenvolver ou rumar para os vasos sanguíneos de todo o corpo, muitas vezes causando sintomas que podem ser confundidos com outras doenças. Os sintomas mais comuns de coágulo sanguíneo na perna, ou trombose venosa profunda (TVP), podem incluir dor ou sensibilidade na panturrilha, inchaço do tornozelo ou pé, vermelhidão ou descoloração perceptível e/ou calor nessa área. Já os sintomas de coágulo sanguíneo nos pulmões, ou embolia pulmonar (EP), podem incluir falta de ar inexplicável, respiração rápida, dor no peito, frequência cardíaca acelerada e/ou tontura ou perda de consciência. 

“Uma das razões pelas quais a trombose acaba sendo a causa de morte de uma em cada quatro pessoas em todo o mundo é que muitos dos seus sintomas são sinônimos de outras condições comuns”, afirma a médica Lana Castellucci, presidente do Comitê Diretor do Dia Mundial da Trombose. “Quando uma pessoa sente cãibras nas pernas, por exemplo, é improvável que procure um especialista para se submeter a exames de trombose e, infelizmente, isso pode resultar em morte por essa doença. Com esta campanha global, estamos trabalhando para educar o público sobre trombose, condição prevalente para garantir que cuidados médicos adequados sejam procurados antes que seja tarde demais", pontua ela. 

Certos fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento de trombose, especialmente: 

·  Hospitalização prolongada: Até 60% dos casos de tromboembolismo venoso (TEV) ocorrem durante ou após a hospitalização, pois os pacientes têm maior probabilidade de ter mobilidade reduzida devido ao repouso no leito hospitalar; 

·  Tratamento de câncer: Os pacientes com câncer têm quatro vezes mais probabilidades de desenvolver um coágulo sanguíneo grave devido aos efeitos da cirurgia e da quimioterapia; 

·  Gravidez e pós-parto: O sangue fica mais pegajoso durante a gravidez e, imediatamente, após o parto. Além disso, o peso do útero ao pressionar as veias da pelve pode retardar a circulação nas pernas. 

Praticar exercícios regularmente e manter um peso saudável é importante para pessoas com esses e outros fatores de risco. Por isso, a incorporação do movimento na prevenção de coágulos sanguíneos inspirou o tema “Movimente-se Contra a Trombose”, na edição deste ano da campanha global do Dia Mundial da Trombose. 

Sobre a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH) e o Dia Mundial da Trombose 

Fundada em 1969, a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH na sigla em inglês) é a principal sociedade profissional médica e científica mundial dedicada a promover a compreensão, prevenção, diagnóstico e tratamento de condições relacionadas à trombose e hemostasia. A ISTH é uma organização internacional médico-científica profissional com mais de 7 mil médicos, pesquisadores e educadores, trabalhando juntos para melhorar a vida de pacientes em mais de 124 países ao redor do planeta. Entre suas atividades e iniciativas altamente conceituadas, estão programas de educação e padronização, atividades de pesquisa, reuniões e congressos, publicações revisadas por pares, comitês de especialistas e a campanha do Dia Mundial da Trombose, em 13 de outubro.  

Sobre o Dia Mundial da Trombose – No dia 13 de outubro é lembrado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor. No entanto, devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. Em âmbito global, a campanha desta efeméride é liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH, na sigla em inglês) e, no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). Para saber mais, acesse o site do Dia Mundial da Trombose e também o site da SBTH.  


Foto: Freepik

 


quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Entenda como as atividades físicas ajudam no desenvolvimento das crianças



Não é segredo para ninguém que praticar exercícios físicos proporciona ótimos benefícios para a saúde do ser humano, o que muitos não sabem, é que a prática deve ser iniciada ainda na infância.  
Segundo o professor Rodrigo Sartori, do curso de Educação Física da FSG Centro Universitário, a estimulação cognitiva através de novas habilidades motoras na infância, pode induzir mudanças em redes funcionais especificas do sistema nervoso, quando associadas a tarefas complexas. "Portanto, aprender um esporte, luta, dança, andar de bicicleta, patins, ou aprender alguma atividade esportiva que ainda não foi realizada, é um mecanismo de adaptação que pode contribuir no desenvolvimento das crianças”.  

“Estudos sobre os benefícios de realizar exercícios físicos tem mostrado que esta prática melhora e protege a função cerebral, sugerindo que crianças fisicamente ativas apresentam menor risco de serem acometidas por desordens mentais, além de apresentarem melhor desempenho em algumas funções cognitivas”, explica Rodrigo.  “No atual momento em que estamos vivendo, torna-se crucial estimular as crianças a se movimentarem, especialmente diante dos desafios impostos pelo avanço da tecnologia. É cada vez mais comum encontrarmos crianças hipnotizadas pelos seus celulares e tablets, e realizando pouca atividade física”. 
 
Rodrigo Sartori ressalta que são muitos os benefícios da prática de exercícios físicos. “Entres eles, está o controle do peso adequado e a diminuição do risco de obesidade. Para ajudar nesse processo, é recomendado um plano de atividades físicas elaborado com base nas necessidades e características de cada criança, auxiliado com um programa de alimentação saudável e sobretudo com a participação da família e de toda a rede social em que a criança participa ativamente”.  
O docente aponta que para crianças e jovens entre 6 e 17 anos, a recomendação, segundo o Guia de Atividade Física para a População Brasileira (BRASIL, 2021), é praticar 60 minutos ou mais de atividade física por dia, dando preferência para aquelas de intensidade moderada. Além disso, devem ser realizadas pelo menos 3 dias na semana, atividades de fortalecimento dos músculos e ossos, como saltar, puxar, empurrar ou praticar esportes. 

“Realizar exercícios físicos na escola, ajuda nos processos de aprendizagem e em uma série de aspectos do desenvolvimento infantil. Especificamente, percebemos que existe uma relação entre o desempenho das habilidades motoras e funções cognitivas (de aquisição de conhecimento) importantes para o sucesso dos alunos na escola. Por exemplo, para crianças menores, como na Educação Infantil, as habilidades motoras finas, como recortar, brincar de bolinha de gude ou com massinhas de modelar, estão relacionadas positivamente com a escrita do nome, com as formas de expressão escrita e com a matemática. Tais atividades motoras podem fornecer às crianças oportunidade de praticar o mapeamento daquilo que veem para utilizar em ações como desenhar letras com marcadores, adaptar os movimentos ao giz de cera ou lápis, desenvolver a capacidade de contar objetos ou mesmo na habilidade de selecionar objetos em um conjunto”.  

Quanto ao papel dos educadores físicos, Rodrigo comenta que deve ser promovido o desenvolvimento de habilidades motoras, atitudes, valores e conhecimentos, procurando levar as crianças a uma participação ativa e voluntária em atividades físicas e esportivas ao longo de suas vidas. “A atuação do educador físico é um caminho privilegiado de educação, pelas suas possibilidades de desenvolver a dimensão motora e afetiva de crianças e adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, e por tratar de um dos mais preciosos recursos humanos, que é o corpo”, comenta. 

Por fim, o professor do curso de Educação Física da FSG, explica que um dos pontos mais importante que as ciências do movimento vêm explicando, é que a prática de atividades físicas e aprendizado de habilidades motoras impacta não apenas nas questões físicas, como aqueles benefícios relacionados ao combate de doenças como diabetes, hipertensão e o próprio controle da obesidade, mas também no desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas.  

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Quando é possível voltar a praticar exercícios físicos após uma cirurgia maxilofacial?



A cirurgia maxilofacial é um procedimento que envolve a reestruturação da face e da mandíbula, e o tempo de recuperação pode variar dependendo da extensão da cirurgia. o paciente que passa pelo procedimento pode voltar a fazer atividades físicas depois de 15 dias do pós-operatório, mas o exercício ainda terá certos limites. 

Quem explica é o dr. Rafael Evaristo (CRO 12231 SC), cirurgião bucomaxilofacial. “Nos primeiros 15 dias após o procedimento, pedimos ao paciente um pequeno intervalo dos exercícios físicos, com repouso para ele se recuperar bem da operação. Depois disso, o paciente pode voltar a fazer uma atividade física leve e moderada como uma caminhada, musculação de membros inferiores. Já a parte superior que exige dos músculos peitoral, ombro e costas é recomendado voltar a exercitar três semanas, após o procedimento”, diz ele. 

Evaristo lembra que as orientações são personalizadas, cada paciente terá o seu limite e reação diferente no pós-operatório. “É importante que quem opte por fazer a cirurgia maxilofacial converse com o seu cirurgião antes de retomar as atividades físicas para evitar complicações no pós-operatório. Cada pessoa tem seu limite individual e cada esporte tem um tempo de recuperação para voltar à prática, é muito importante que o paciente fale com o cirurgião sobre a atividade que pratica para que o tempo seja determinado de forma personalizada”, orienta. 

Em caso de dor e inchaço durante as atividades físicas é recomendado a suspensão do exercício físico e a busca pelo cirurgião que fez o procedimento. “Preste atenção à dor e ao inchaço na área cirúrgica. Se sentir dor excessiva ou aumento do inchaço durante ou após o exercício, pare imediatamente e informe o seu cirurgião”, informa. 

Também é importante fazer uma dieta adequada para a evolução da recuperação. “Coma alimentos nutritivos. Mantenha-se bem hidratado, ainda mais se estiver realizando atividades físicas leves”, recomenda. 

À medida que o paciente  progride na recuperação, exercícios de fortalecimento podem ser indicados pelo médico cirurgião. “Exercícios de fortalecimento e mobilidade específicos  ajudam a restaurar a função normal da mandíbula e da face, por isso são importantes para o paciente”, finaliza. 



Foto: Freepik

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Outubro Rosa: conheça os hábitos que podem ajudar na prevenção do câncer de mama

 


Segundo a OMS, cerca de 30% dos casos de cânceres, em geral, estão relacionados à obesidade. O de mama, em específico, é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente no Brasil, foram estimados mais de 66 mil novos casos, em 2021. Não há uma causa exata para o surgimento da doença, porém diversos fatores podem aumentar ou diminuir seu risco, entre eles obesidade, sobrepeso e a falta de atividades físicas. 

 “Dentre as diversas causas ligadas ao desenvolvimento do câncer, o excesso de peso figura entre as principais. Estudos apontam que obesidade ou sobrepeso são possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama. Uma pesquisa realizada pela OMS aponta que há riscos do surgimento de inflamação com o excesso de gordura corporal, além de aumentos nos níveis de determinados hormônios, o que pode promover o crescimento de células cancerígenas. A adoção de comportamentos considerados protetores, como a prática de uma rotina saudável, são capazes de prevenir 28% de todos os casos de cânceres”, afirma Matheus Motta, nutricionista.

 E adotar uma rotina saudável não precisa ser complicado. Para reforçar seu apoio ao Outubro Rosa, o Vigilantes do Peso, um programa de emagrecimento que estimula as pessoas a incorporarem hábitos saudáveis em suas rotinas, decidiu destacar alguns hábitos simples, facilmente inseridos no dia-a-dia, que, além de contribuir para o emagrecimento sustentável, podem reduzir o risco de câncer de mama:

 1 - Tenha uma dieta equilibrada

A adoção de hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a limitação de consumo de fast foods e alimentos processados, ricos em gordura e açúcar, ajudam no processo de desinflamação e são parte fundamentais de um processo saudável de emagrecimento, podendo prevenir o surgimento da doença.

 Estudos mostram que ter uma dieta rica em frutas e vegetais pode diminuir ligeiramente o risco de certos cânceres de mama. São alimentos que podem ajudar não só na prevenção da doença, mas na saúde como um todo, além de contribuir para o processo de emagrecimento. 

 2 - Seja ativo fisicamente 

Não é preciso ficar horas na academia ou completar uma maratona. Correr apenas 30 minutos ao ar livre, ou fazer uma aula de dança por dia já te torna fisicamente ativa, fazendo com que trabalhe todo o seu corpo. O segredo não é volume, mas, sim, constância. Uma boa dica para criar esse hábito é buscar uma atividade que seja prazerosa e encaixe na sua rotina é o primeiro passo para criar um hábito.

 3 - Evite cigarros

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é o maior fator de risco para o desenvolvimento de câncer, ficando apenas à frente da obesidade. Além disso, considerando que fumar prejudica praticamente todos os órgãos do corpo, abandonar o hábito é fundamental para quem busca qualidade de vida, impactando, inclusive, na longevidade. Ou seja, quanto antes você parar de fumar, maior será a sua expectativa de vida, podendo esta aumentar em até dez anos.

 Outro ponto necessário de reforçar é a importância de ir ao médico regularmente. Mulheres a partir dos 40 anos devem realizar o exame clínico das mamas anualmente. O autoexame também é essencial para a prevenção, que pode ser feito com maior frequência e facilita a percepção rápida de qualquer alteração.


Foto: Freepik

 

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Transição capilar: como resgatar a estrutura natural dos fios



A transição capilar é um processo pelo qual muitas pessoas passam quando decidem parar de alisar ou colocar química nos cabelos, e assim retornar ao seu cabelo natural. É um momento importante na vida de quem passa por essa jornada, pois envolve uma série de mudanças físicas e emocionais. Por isso para te ajudar com esse processo a Karla Anacleto, trancista de São Paulo especializada em cabelos cacheados e crespos que atende pelo GetNinjas, maior plataforma para contratação de serviços do Brasil, ajuda na transformação que faça sua vida ficar melhor e mais leve, já que o cabelo é um dos principais componentes do rosto. Confira as dicas:

Como dar o primeiro passo para a transformação? 

Karla diz que o ideal é pensar em todo processo com leveza, buscando conhecimento e ter muita paciência. “O mundo dos cabelos cacheados e crespos é cheio de termos e técnicas, e ao tomar a decisão sobre a transição capilar, o ideal é sempre contar com um profissional que entenda sua necessidade e acompanhe a transformação de perto, pois o sucesso dessa mudança vai dependender de muitos fatores externos, até mesmo do ambiente”, cita.
 

Por onde começar? Pelo cronograma capilar!
A especialista explica que o cronograma é um dos processos mais importantes na transição. “Deve-se criar uma rotina de cuidados que tenha como objetivo repor nutrientes perdidos pelos cabelos e deixá-los mais fortes. Esse processo é composto por três etapas: hidratação, nutrição e reconstrução, que atuam diretamente na reposição de água, lipídios e massa capilar”.

 

O que fazer quando o cabelo está com duas texturas?

Em um determinado momento, o cabelo terá duas personalidades, sendo uma química e outra natural. De acordo com a especialista, não há um produto que torne tudo uniforme de primeira, mas orienta que: “O uso de cremes finalizadores para cachos ou cremes de pentear sem enxágue pode amenizar as duas texturas, isso fará com que o fio se acostume com a nova forma”, aponta.
 

Entenda a tabela de curvatura
A tabela classifica os cabelos a partir da curvatura dos cachos, dos mais abertos até os mais fechados, Karla explica que, na lista existem os tipos 2ABC (ondulados), 3ABC (cacheados), 4ABC (crespos) e 5 (crespos).
 

Big chop
É o grande corte da transição capilar, o momento em que você retira toda a parte alisada, ou com química, deixando os cachinhos livres.

 

Co-wash

É uma técnica de lavagem que não utiliza shampoo, e deixa os fios mais macios e hidratados. “Nesse método, o cabelo é higienizado com um condicionador limpante específico para a função. A intenção principal é fugir da ação dos sulfatos, petrolatos, parabenos e silicones presentes na composição de diversos produtos capilares, e que podem prejudicar o resultado da transição” cita a profissional.


Day after
Karla orienta que o day after é a quantidade de dias em que os cachos duram após a última lavagem, e pode ser considerado o tempo entre uma higienização e outra.

 

Fitagem

É um método de finalização que separa o cabelo em fitas. “Durante a aplicação do creme de pentear, separa-se o cabelo em mechas para deixar os cachos mais definidos”, comenta a especialista.

 

Low poo e no poo
Dentre as técnicas, são os termos mais comuns de pesquisa ao decidir pela transição. “Nesse processo, falamos em lavagem com baixa, ou nenhuma, quantidade de sulfato. Essa substância trata de uma limpeza muito profunda dos fios e pode acabar removendo nutrientes e óleos naturais das madeixas. Por isso, fazer a higienização dos fios sem o uso do sulfato deixa o cabelo mais macio, sedoso e saudável”, afirma Karla. “Esses métodos possuem algumas restrições, portanto pesquise bastante ou consulte um especialista antes de aderir”, completa.

 

Método L.O.C. e C.O.G

São técnicas de finalização que buscam prolongar o day after. O método L.O.C. significa líquido, óleo e creme. É feita com a ajuda de um borrifador ou produto em spray para trazer hidratação, óleo para nutrir e o creme para definir os cachos. Já o método C.O.G. significa creme, óleo e gelatina. “Nesse caso, o resultado é ainda mais duradouro pois o creme define, o óleo nutre e a gelatina traz fixação para o cabelo”, salienta.

 

Texturização
São técnicas que formam cachos nos fios sem a ajuda de quaisquer ferramentas de calor. Karla comenta que “são ações essenciais durante a transição, pois ajudam a lidar com as duas texturas. Podem ser feitas com o próprio cabelo, com grampos, com a ajuda de acessórios, como bigudinhos, flexi rods, bobes e curl formes”.

 

Umectação

Essa técnica faz parte da etapa de nutrição do cronograma capilar e funciona como um banho de óleo, repondo os lipídios. “A umectação pode ser realizada com diversos óleos vegetais, como o de coco ou de oliva”, informa.