“Todo ser humano é uma semente pronta para desabrochar, contudo, as primeiras experiências de vida são tão importantes que podem mudar por completo a maneira como as pessoas se desenvolvem”. Harry Chugan, neuropediatra, Wayne/EUA.
A afetividade constitui um fator essencial na vida escolar, portanto é de vital importância para o desenvolvimento da cognição, bem como para a superação de dificuldades dessa natureza. O desenvolvimento intelectual envolve, além do cérebro e corpo, as emoções. Sua função é a comunicação nos primeiros meses de vida, por meio de impulsos emocionais, estabelecendo os primeiros contatos da criança com o mundo, tendo assim um papel imprescindível no seu processo de desenvolvimento.
Wallon (1978) defende que a afetividade é a fonte do conhecimento e que a criança acessa o mundo simbólico por meio das manifestações afetivas que permeiam a mediação que se estabelece entre ela e os adultos que a rodeiam.
Num clima de confiança, onde há um vínculo de respeito mútuo e de amizade, cria-se um ambiente favorável ao aprendizado, pois segundo Fernández (1991, p. 52) “não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar”. Sendo assim, as relações estabelecidas entre o psicopedagogo e a criança devem ser sustentadas por enorme porção de afetividade, pois a interação desses pares concebe o suporte para a aquisição do conhecimento. Ao adquirir novos conhecimentos, a criança passa pelo processo de aprendizagem, sendo capaz de desenvolver competências e mudar seu comportamento. A afetividade deve ser o fio condutor que impulsiona a criança ao conhecimento.
(Artigo das psicopedagogas Adriana Raquel P. Gonçalves e Teresa Cristina Nasser Zanni)