Vejo que, com as mudanças da rotina familiar e dos avanços tecnológicos, o brincar foi substituído por outras atividades consideradas mais importantes, como estudar outras línguas e praticar outras atividades físicas, tendo a ideia do lúdico como um hobby. Por isso, o brincar acaba sendo esquecido.
Por causa disso, as pessoas não colocam um espaço para o lúdico, importando-se apenas com o racional, pensando que apenas a aprendizagem e o desenvolvimento humano só acontecem de maneira objetiva e centrada. Entretanto, o que talvez as pessoas não saibam é que o brincar pode ser uma atividade bastante aproveitável para o desenvolvimento, amadurecimento e, inclusive, para a aprendizagem.
O brincar é um meio natural da pessoa se expressar, conseguindo explorar seus sentimentos, atitudes e se libertar de suas tensões reprimidas e seus sentimentos. Essa experiência do brincar dá a possibilidade de a pessoa testar e perceber seus sentidos, ações, sentimentos, reações e relações com os outros. Com isso, a pessoa vai se conhecer melhor e aprenderá a ter controle das suas ações e desejos. Assim, ajudará no limite e na aprendizagem.
Entretanto, percebo pais usarem jogos, brinquedos e até aparelhos eletrônicos para distrair seus filhos para conseguir fazer suas tarefas rotineiras. Por isso, é valido afirmar que é essencial a participação no brincar com seus filhos e, inclusive, quando se fala de aparelhos eletrônicos, sempre se envolvendo e tendo tempo dedicado apenas para brincar e se relacionar com seu filho. Assim, eu coloco que o brincar não necessariamente é uma prática infantil, podendo ser uma ação agradável e praticada por todas as gerações.
O brincar é importante e favorável para as pessoas. Contudo, é recomendável ter o equilíbrio do lúdico com o racional, deixando as brincadeiras e o uso de acessórios eletrônicos livres, lembrando sempre das responsabilidades e dos compromissos que tem como pais, filhos e educadores.
(Artigo da psicóloga Vanessa Sardisco - CRP 06/118543)