Vaginismo é uma disfunção sexual feminina que provoca a contração involuntária (não intencional) dos músculos do assoalho pélvico, tornando dolorosa ou impossível a penetração, quer seja durante a relação sexual e/ou na introdução de absorvente interno, espéculo vaginal, aplicador de pomada, entre outros objetos, mesmo que a mulher tenha o desejo em realizá-lo.
Segundo Raquel Piovesana (Crefito 78132-F), fisioterapeuta, especialista em fisioterapia pélvica, dor, ardor, câimbras em glúteos e membros inferiores e a impossibilidade de penetração completa são alguns dos sintomas mais frequentes desta disfunção. Essa contração muscular excessiva é uma reação defensiva do corpo em situações consideradas inconscientemente ameaçadoras ou em resposta a um estímulo de dor. O vaginismo pode afetar mulheres de diferentes maneiras.
Há casos de pacientes que conseguem realizar exames ginecológicos, mas não são capazes de ter relações sexuais. Outras têm relações somente com penetração parcial e relatam dor, sensação de ardência e/ ou queimação. A dificuldade é constante e recorrente, podendo ocorrer em uma situação e não obrigatoriamente nas demais.
Tipos de vaginismo:
- Primário: dificuldade apresentada desde a primeira tentativa de penetração.
- Secundário ou adquirido: o principal sinal é o aparecimento de dor progressiva durante a relação sexual. É quando a mulher, já em sua vida sexual ativa, desenvolve a disfunção, havendo ou não causa física ou psicológica.
Diagnóstico: o diagnóstico do vaginismo é feito pelo histórico do paciente, exame clínico e por exames de imagem, se necessário, para afastar algum problema orgânico.
Tratamento: após excluir e tratar as causas orgânicas é importante dar apoio emocional, avaliar a necessidade de tratamento por psicoterapia, fisioterapia do assoalho pélvico, terapia cognitiva-comportamental, biofeedback, focando no componente da dor. O tratamento fisioterapêutico tem indicação primária e engloba técnicas como: autoconhecimento da anatomia, relaxamento, terapias manuais, eletroestimulação, biofeedback e cinesioterapia. Apesar de essa disfunção atingir de forma avassaladora a vida da mulher, o vaginismo apresenta 100% de cura!