Cada povo possui uma maneira diferente
de se vestir, decorar seu corpo. E é um aspecto também cultural a forma como se
lida com a questão dos pelos. Em geral, a mulher brasileira não gosta e muitas
vezes se pergunta pra que tantos? É fundamental, no entanto, que se saiba que
os pelos têm diversas funções, entre a elas a proteção. Parece um assunto de
pouca relevância, mas não é. Algo aparentemente tão simples pode realmente ser
relacionado a tantos aspectos da vida como tabu, autoestima e controle da
sociedade. E a decisão de eliminar ou não os pelos é única e exclusivamente da
mulher. Portanto, sem pressão.
Agora, se a
escolha é ficar sem eles, há quase um arsenal de guerra: gilete, cera, linha,
pinça. Mas atualmente temos uma opção mil vezes melhor: o laser. Aliás, uma
curiosidade, você sabia que Laser é uma sigla? Corresponde a Ligth Amplification by the
Stimulated Emission of Radiation.
“A maioria dos
lasers usados em dermatologia não emitem radiação ionizante e,
consequentemente, não oferece riscos para o desenvolvimento de outras doenças.
Outro conceito é que todo laser tem um alvo específico (e é este alvo que vai
absorver a energia do laser). Quando falamos em depilação a laser o alvo em
questão não é exatamente o pelo, mas sim a cor encontrada nos pelos. Por este
motivo pelos brancos não são, em geral, removidos pelo laser. E importante
destacar que o inverno é a estação ideal para dar início ao tratamento.”,
explica a médica dermatologista Livia Pino.
A primeira
depilação a laser foi realizada por acaso, quando um cientista por um descuido
expôs seu braço a um feixe de laser yag, e observou que ficou sem pelos após alguns dias.
Desde então vários estudos foram feitos e o Food and Drugs Administration (EUA) aprovou o laser para depilação
pouco tempo depois, lá pelo fim da década de 70.
Segundo a
dermatologista, a depilação a laser foi uma das mais importantes invenções dos
últimos tempos no segmento, consegue reduzir os pelos não só para fins estéticos,
mas também ajuda no tratamento de algumas doenças, como a foliculite (aquela
inflamação ao redor do folículo).
“Conseguimos
com o laser a depilação permanente, ou seja, reduzimos significativamente o
número dos pelos por pelo menos 6 meses após tratamento. E os pelos que sobram,
em geral, ficam mais finos e mais claros”, explica a médica. “A dor do
procedimento varia conforme o aparelho utilizado, a cor da pele do paciente, a
região tratada e a quantidade de pelo.”
Mas, segundo
ela, em geral a dor é suportável e pode ser amenizada com uso de cremes
anestésicos e gelo antes do procedimento, que costuma dizer para seus pacientes
que é a ‘dor da beleza’. O laser é indicado tanto para homens quanto para
mulheres, para todos os tipos de pele (depende do aparelho) e diversas áreas do
corpo.
O número de
sessões varia de acordo com o aparelho, o tipo de pelo e a área tratada. “O
mais importante é que você converse com seu dermatologista, pois é ele quem
poderá indicar o melhor tratamento para você”, finaliza a dra. Livia.
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