sábado, 28 de julho de 2018

Fome ou vontade de comer?



Diferenciar fome da vontade de comer não é uma tarefa fácil para quem está iniciando um processo de reeducação alimentar. Quando o paciente está acima do peso e inicia o tratamento, costuma justificar que não consegue seguir uma alimentação regrada porque sente muita fome. A questão que dever ser analisada é: sinto fome ou vontade de comer?.

“A fome significa que o organismo precisa ser nutrido. Quando a pessoa sente fome, o corpo reage com a sensação de estomago vazio, dor de cabeça, tontura e fraqueza. Nesse caso, quando realizamos uma refeição, esse desconforto é superado, e podemos voltar para as atividades habituais”, conta a gerente de nutrição do Hospital Salvalus Fátima Corradini.

Deste modo, a fome nada mais é do que uma necessidade fisiológica que o corpo tem para manter suas funções vitais. Por outro lado, a vontade de comer tem uma conexão emocional e/ou psicológico, e pode estar relacionada à ansiedade, estresse ou depressão. “A vontade de comer acontece porque a alteração emocional reduz o nível de serotonina no corpo, o neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Geralmente, quando o paciente sente essa vontade, ela está associada aos alimentos ricos em gordura e açúcar como doces, massas e frituras, que ao serem consumidos provocam a mesma sensação no cérebro” explica a profissional.

Existem algumas dicas para tentar identificar as diferenças. Para saber a diferença entre fome e vontade de comer é importante aprender a ouvir o próprio corpo e saber reconhecer suas necessidades. Dividir as refeições ao longo do dia, diminuindo o espaço de tempo sem alimentação é uma boa opção para quem ainda não consegue dissociar suas sensações. Além disso, acrescentar no cardápio alimentos ricos em fibras ajuda a controlar a saciedade. “Você sempre pode contar com a ajuda de um profissional para te ajudar neste trajeto de entender as suas sensações e encontrar o equilíbrio necessário para viver bem”, finaliza ela. 

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Saiba como lidar com pensamentos negativos



Quem nunca teve um sentimento negativo, aquele pensamento de não ser capaz de realizar algo, aquele medo de arriscar? Segundo a orientadora e psicóloga transpessoal Wanessa Moreira, isso pode acontecer em alguns momentos do cotidiano do ser humano, mas, quando ocorre com certa frequência, pode ser o sinal da ‘autossabotagem’ agindo na pessoa - uma combinação de sentimentos, pensamentos e ações autodestrutivas. 

Quando a autossabotagem ocorre, segundo a profissional, a pessoa tem que estar pronta para lidar com isso, ou mesmo saber a hora de procurar um profissional para ajudar a resolver esse problema, quando a situação ficar difícil, a ponto de atrapalhar a vida social e familiar.  

“Nos dias de hoje, temos muito conteúdo, ensinamentos e recursos digitais que nos ensinam a driblar a autossabotagem! E por que será que continuamos a viver isso por diversas vezes em nossas vidas?”, indaga Wanessa.

Segundo a especialista, vários fatores estão relacionados com esse processo. “Você realmente sabe o que quer para você? O fato de estar desempenhando tarefas e funções que não fazem sentido, e que estão distantes de ser o que você realmente quer para a sua vida, pode trazer esse desânimo e a não realização do seu melhor, deixando você em segundo plano”, explica.

Ainda, segundo a psicóloga transpessoal, outro ponto para ser olhado é: o quanto você acredita em sua capacidade? “Caso você não tenha segurança do que pode realizar, seja por perfeccionismo ou por não se sentir pronto, você pode tirar essa realização de você mesmo, se distraindo ao olhar para outras pessoas, ajudando elas a viverem a vida delas e esquecendo de você mesmo, e de fazer por você, e isso não é bom”.

Porém, a especialista explica que é importante também ser grato por tudo aquilo que incomoda e tira a atenção, a tudo aquilo que não deu certo, pois, diz ela, quando você consegue ser grato ao que lhe traz incômodo, você libera espaço dentro de você para desenvolver novos caminhos, para a vida te trazer novos movimentos e oportunidades.

Para finalizar, Wanessa indica algumas reflexões, que contribuem para barrar a autossabotagem. Observe no seu cotidiano o que te impede de se desenvolver, o porquê você se abandona e deixa de entregar o seu melhor, e ainda, o que você está esperando que aconteça para mudar tudo isso!


segunda-feira, 23 de julho de 2018

Inverno não dispensa protetor solar



Os cânceres de pele são os mais incidentes no Brasil, representando cerca de 30% de todos os casos da doença – um número que chega a 165 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Por isso, o verão é marcado por intensas campanhas de conscientização sobre a doença, mas isso não significa que as estações mais frias do ano não representam risco para a pele.

Em geral, as pessoas tendem a relacionar o câncer de pele exclusivamente ao melanoma. Contudo, 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não melanoma, um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol. O sol durante o inverno, apesar de parecer mais "fraco", continua emitindo radiação, que possui um efeito cumulativo na pele.

De acordo com o dr. Bernardo Garicochea, oncologista e especialista em genética da unidade do Grupo Oncoclínicas em São Paulo - Centro Paulista de Oncologia (CPO) -, é importante a avaliação frequente de um dermatologista para acompanhamento das lesões cutâneas. "As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como 'ABCD'- assimetria, bordas irregulares, cor e diâmetro. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce".

Evitar a exposição excessiva e constante aos raios solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a infância. Vale lembrar que, mesmo áreas não expostas diretamente ao sol e menos visíveis – como o couro cabeludo - podem apresentar manchas suspeitas.

Imunoterapia e o melanoma

O melanoma é o tipo de câncer que apresenta o maior número de mutações genéticas no DNA do tumor. Essas mutações podem confundir o sistema imunológico do paciente e dificultar a ação de terapias tradicionais. Por isso, a imunoterapia é uma das grandes aliadas no tratamento da doença.

"A imunoterapia é o tratamento que promove a estimulação do sistema imunológico por meio do uso de substâncias modificadoras da resposta biológica. Em resumo, trata-se de um grupo de drogas que, ao invés de mirar o câncer, ajuda as nossas defesas a detectá-lo e agredi-lo", explica o dr. Bernardo.De acordo com ele, 3% dos melanomas são hereditários. O especialista indica alguns pontos de atenção que podem indicar propensão à doença:
  • Pessoas que possuem uma grande quantidade de pintas escuras espalhadas pelo corpo;
  • Incidência de melanoma em algum parente muito jovem (menos de 35 anos);
  • Mais de dois casos de melanoma na família (em qualquer idade).


sexta-feira, 20 de julho de 2018

A importância da amizade



Você já se perguntou como seria uma vida sem amigos? Sejam próximas ou distantes, físicas ou virtuais, as amizades carregam lembranças positivas e trazem grande apoio à vida das pessoas. A ciência ratifica o que a vida mostra na prática: os laços afetivos podem ser um fator positivo para a saúde e para a qualidade de vida.

- A amizade traz bem-estar subjetivo, o que pode contribuir para melhorar, também, a nossa resposta imunológica. E pode ser fator de proteção para transtornos mentais e até para o risco de suicídio. Nossas relações podem influenciar positivamente também um tratamento de saúde. Ter uma boa rede de apoio (amigos e família) ajuda a enfrentar melhor a doença, o tratamento, a possibilidade de uma cirurgia e/ou o período de internação. A busca por essa rede de apoio pode ser incentivada pelo profissional de saúde – afirma a psicóloga do Hospital Rios D’Or, Mariana Guedes.

Pesquisa realizada pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) aponta que as relações podem ir além. Dr. Jorge Moll Neto, foi o primeiro neurocientista no mundo a chegar a esta conclusão: fazer o bem ao próximo traz benefícios para si mesmo, pois realizar boas ações, ativa áreas do cérebro relacionadas com o prazer, o bem-estar e o sentimento de pertencimento.

- Observamos, em mapeamento cerebral por ressonância magnética, que os chamados "centros de recompensa" do cérebro são ativados quando voluntários doavam para instituições de caridade. Mais importante, essa atividade era tão intensa quanto quando eles ganhavam direito para eles mesmos. Além disso, e de forma muito interessante, constatamos que ativou, de forma seletiva, duas regiões do cérebro (o córtex subgenual e a área septal) que estão relacionadas ao sentimento de apego, de pertencimento. Essas regiões estão envolvidas, por exemplo, no cuidado que uma mãe tem com o seu filho e na união entre casais. Ou seja, quando você age em favor de uma causa ou princípio importante, você está ativando um sistema que foi desenvolvido ao longo de milhões de anos para promover os laços familiares e de amizade – afirma o neurocientista o dr. Jorge Moll Neto.


quarta-feira, 18 de julho de 2018

Dicas para manter os cuidados bucais nas férias



Independentemente do roteiro planejado para as férias, os hábitos de higiene bucal devem fazer parte da nova rotina para garantir o sorriso perfeito e impedir a proliferação de bactérias causadoras de doenças bucais como gengivite, sensibilidade e cáries.
Para auxiliar a manutenção dos hábitos de higiene bucal nas férias, Rosane Menezes Faria, dentista da Odonto Empresas, do grupo Caixa Seguradora, elenca abaixo três dicas essenciais:
  1. Bagagem: para as pessoas que costumam viajar nesta época do ano, é importante levar na bagagem todos os produtos de higiene bucal já utilizados durante todo o ano. “Escova, pasta de dente, fio dental e enxaguante bucal são itens básicos. Quem ainda está em tratamento é importante consultar o dentista, assim ele pode prescrever medicamentos ou produtos para aliviar possíveis incômodos no decorrer da viagem”, explica a especialista.   
  1. Alimentação: nas férias é comum que muitas pessoas acabem consumindo maior quantidade de alimentos como doces, refrigerantes e até mesmo sucos industrializados. “A acidez e açúcares presentes nesses alimentos desgastam o esmalte dos dentes, deixando-os mais sensíveis, e facilitam o acúmulo de bactérias causadoras de cáries e inflamações na gengiva. Por isso, é necessário ficar atento à quantidade ingerida e sempre escovar os dentes e passar o fio dental após as refeições”, pontua. 
  1. Aparelho ortodônticos: quem faz uso de aparelhos ortodônticos seja fixo ou móvel deve redobrar a atenção e o cuidado com a saúde bucal. Segundo a especialista, o mau uso e descuido com aparelhos móveis, por exemplo, podem acarretar na quebra ou deformação do mesmo, comprometendo o tratamento ortodôntico. Caso isso aconteça, é recomendado guardar o aparelho mesmo quebrado para que o profissional responsável possa avaliar a possibilidade de recuperá-lo.
     
  2. Traumas: no caso de quedas ou acidentes que comprometam a saúde bucal é importante consultar um dentista profissional o mais rápido possível. “Somente um profissional da área pode avaliar o trauma e recomendar o tratamento mais adequado. Mesmo no caso de quedas leves, é importante não se automedicar e procurar um dentista com urgência”, finaliza Rosane. 

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Sanofi Pasteur lança a primeira vacina meningocócica quadrivalente totalmente líquida no mercado brasileiro


Além da proteção contra o meningococo C, existente no calendário público de vacinação, essa vacina, por ser quadrivalente, protege ainda contra outros três grupos de meningococo, o A,W e Y.

A doença meningocócica pode matar em apenas 24 horas, sendo que as pessoas que sobrevivem podem carregar sequelas como perda da audição, danos cerebrais e renais, amputações, problemas do sistema nervoso ou cicatrizes profundas decorrentes de enxertos cutâneos.

A doença é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. As meningites bacterianas, que são as que podem ser prevenidas por vacina, são as mais perigosas do ponto de vista da saúde pública, devido à sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos e, ainda pela gravidade dos casos.

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, são mais de dois mil casos por ano desde 2010 e 243 óbitos somente em 2016, de acordo com dados epidemiológicos de abril de 2017 do Ministério da Saúde. Deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no inverno e, das virais, no verão.

Compromisso com saúde pública
Em 1974, a Pasteur Mérieux – empresa francesa que deu origem à Sanofi Pasteur - respondeu ao apelo das autoridades de saúde brasileiras para ajudar a controlar um surto de meningite que estava afligindo o país, causando até então mais de quatro mil mortes, só no estado de São Paulo.  O laboratório identificou os sorotipos A e C como principais causadores do surto. Em esforço conjunto com o governo brasileiro, a vacina meningocócica A + C foi registrada e mobilizou 10 milhões de habitantes de São Paulo, em cinco dias para vaciná-los. Em seis meses, 90 milhões de brasileiros foram vacinados em todo o país, pondo fim à epidemia.


sexta-feira, 13 de julho de 2018

Dor no estômago pode ser o alerta para diversas doenças


As dores de estômago estão longe de ter somente uma causa. De acordo com o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, realizar o diagnóstico correto é essencial para evitar confusão com doenças que tenham sintomas semelhantes.

O conselho do médico está relacionado a um incômodo comum, popularmente conhecido como dor na "boca do estômago", localizada no ponto mais alto da região mediana do abdômen. Berger explica que nestes casos, pode haver um engano quanto ao motivo.

"Inúmeras situações clínicas provocam sintoma doloroso naquele local, o que confunde quem o está sentindo. O incômodo pode estar atrelado a problemas bíleo-pancreáticos, ou seja, no fígado, vesícula e pâncreas. Além disso, pode estar relacionado com problemas cardíacos e outras afecções digestivas, que envolve apendicite, verminose e outras doenças intestinais", ressalta.

Para evitar um diagnóstico incorreto, observar as características da dor é o primeiro passo. Entre os pontos a serem questionados, segundo o médico, estão; a forma como o sintoma surgiu, o tipo, o ritmo, periodicidade e quais fatores o fazem melhorar ou piorar.

Somente após a confirmação de tratar-se de uma doença estomacal, é que os cuidados com alimentação e hábitos de vida serão aconselhados ao paciente. O gastroenterologista afirma que, realmente, na maioria dos casos, o consumo de café e álcool piora o quadro de saúde.

Na lista do que deve ser evitado está também o estresse, que segundo Eduardo Berger, aumenta a secreção gástrica e consequentemente eleva a dor. Mas além desse mal estar, a atenção deve ser ampliada a outros sintomas que podem surgir.


"As lesões gástricas mais sérias comprometem sensivelmente a digestão. Então, uma perda acentuada do apetite, a sensação de plenitude muito precoce e os vômitos volumosos são sinais de alerta", conclui.